Os Estados Unidos mataram Ayman al-Zawahiri, líder da al-Qaeda, em um ataque de drone no fim de semana em uma área residencial de Cabul, disseram fontes do governo americano a diversos veículos de imprensa.
O médico egípcio, por décadas um dos terroristas mais procurados do planeta, é acusado de ser um dos cérebros dos ataques de 11 de Setembro de 2001, ao lado de Osama bin Laden.
A morte de al-Zawahiri, que assumiu o comando do grupo após a morte de Bin Laden há 11 anos, ainda não foi oficialmente confirmada pelo governo americano, mas a Casa Branca emitiu um comunicado afirmando que o presidente Joe Biden fará um pronunciamento a nação às 19h30 (20h30, hora de Brasília).
O ataque, contudo, foi o primeiro em solo afegão desde a caótica saída dos militares americanos do país da Ásia Central, que completará um ano neste mês.
A retirada pôs fim às duas décadas da guerra mais longa da História americana, que começou em outubro de 2001, nas semanas seguintes ao pior ataque terrorista em solo americano.
O governo do então presidente George W. Bush acusava o Talibã, à época no comando do Afeganistão, de abrigar Bin Laden, que só seria morto em 2011 no Paquistão.
As duas décadas de uma guerra trilionária, contudo, terminaram com o retorno do mesmo Talibã ao poder, em agosto do ano passado, após uma ofensiva relâmpago. A situação gerou críticas maciças para Biden, na época com seis meses de mandato — danos que a bem-sucedida operação do último fim de semana tenta ao menos mitigar.
No ano passado, fontes da Casa Branca afirmaram que os EUA manteriam a capacidade para ataques “além de horizonte” contra forças terroristas dentro do Afeganistão, o que parece ter sido o caso da operação que matou Al-Zawahiri. Fontes do governo dizem que o ataque não foi conduzido pelas Forças Armadas, mas sim pela Agência Central de Inteligência (CIA), e que não houve vítimas civis.
Al-Zawahiri foi médico pessoal, braço direito de Bin Laden e era um rosto proeminente nos vídeos da al-Qaeda que profetizavam contra o Ocidente. Segundo analistas, ele teve um papel-chave para que o grupo terrorista se tornasse uma organização poderosa e letal nos anos 2000, tanto por suas habilidades intelectuais, mas também por sua organização.
Antes do 11 de Setembro, ele já havia sido indiciado pelos ataques às embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, que foram alguns dos indícios de que o grupo terrorista ganhava força. Também é acusado de ser uma figura central no ataque de 7 de julho de 2003, que matou 56 pessoas em Londres.
Com informações O Globo
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