Dois dias após ser deportado, Novak Djokovic continua sentindo os impactos de sua polêmica passagem pela a Austrália. Nesta segunda-feira, dia 17, a Lacoste, marca francesa de roupas que patrocina o tenista, disse que irá entrar em contato com o sérvio o mais rápido possível para “revisar os acontecimentos” que acompanharam o número 1 do mundo na última semana.
Ele está fora do Aberto da Austrália após novela judicial por causa de problemas no visto referentes à falta de comprovação de vacinação contra a covid.
“Assim que possível, entraremos em contato com Djokovic para revisar os eventos que acompanharam sua presença na Austrália. Desejamos a todos um excelente torneio e agradecemos aos organizadores por todos os esforços para garantir que o torneio seja realizado em boas condições para jogadores, funcionários e espectadores”, disse a empresa em comunicado.
A Lacoste é a primeira patrocinadora de Djokovic a romper o silêncio e colocar em xeque o apoio ao tenista. Segundo a imprensa dos EUA, o contrato entre as partes gira em torno de U$ 9 milhões (R$ 49,7 milhões). O acordo foi firmado em 2017, quando o sérvio abandonou a japonesa Uniclo.
O comunicado da empresa francesa acontece na esteira de mais uma dor de cabeça para o tenista sérvio. A França aprovou no domingo o passaporte vacinal. Assim, atletas que pretendem competir em solo francês devem apresentar o comprovante de imunização, algo que Djokovic não tem porque se recusa a tomar a vacina contra covid-19.
É provável, portanto, que o número 1 do mundo não esteja na chave de Roland Garros, o segundo Grand Slam da temporada. Desta forma, a empresa francesa não terá seu maior garoto-propaganda no maior torneio francês do ano, que também é o maior palco de divulgação da marca, em Paris.
Segundo a revista Forbes, Djokovic faturou em 2021 cerca de US$ 30 milhões (R$ 165,7 milhões) com patrocínios. Entre as outras marcas que apoiam o tenista estão a montadora francesa Peugeot e a empresa de material esportivo Asics.
Terra com Estadão Conteúdo
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