A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientou nessa sexta-feira, 08, que o governo reabra as fronteiras aéreas com África do Sul, Botsuana, Essuatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Com isso, viajantes oriundos desses países deveriam ser submetidos às mesmas regras da portaria para entrada de turistas, já aplicada a outros locais.
A recomendação se dá após a Ômicron ser encontrada em mais de 100 países e não estar restrita às seis nações da África, que detectaram os primeiros casos da cepa..A Anvisa recomendou as restrições em 26 de novembro com o objetivo de evitar a entrada da variante. No dia seguinte, estendeu as medidas a mais quatro países: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.
“A recomendação da Agência teve como fundamento a situação epidemiológica no país, o avanço contínuo da vacinação contra a Covid-19, as novas medidas excepcionais e temporárias para entrada no Brasil expressas na Portaria nº 663, de 2021, e a atual taxa de propagação e extensão da variante Ômicron no mundo”, diz a nota.
A Anvisa reitera que o atual cenário epidemiológico do país inspira “preocupação” e “cautela” e que é necessário manter medidas de prevenção contra a Covid-19. O número de casos avança no Brasil diante da nova variante.
“Portanto, os dados demonstram que a transmissão da Ômicron rompeu a barreira de transmissão sustentada nos países africanos, sendo identificada atualmente em mais de 100 países, o que justifica a revisão da recomendação expressa na Nota Técnica nº 203/2021, desde que sejam mantidas as demais medidas para viajantes de procedência internacional, ou seja, exigência de testes pré-embarque, preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante (DSV), comprovante de vacinação contra a Covid-19 e quarentena após desembarque no Brasil”, diz a nota.
Cabe aos ministérios da Saúde, da Casa Civil, da Justiça e Segurança Pública e da Infraestrutura tomar a decisão final. A Anvisa tem papel de assessoramento.
O Globo
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