O secretário de Segurança Pública do Estado, Jean Nunes, afirmou nesta terça-feira (23) que a operação de desocupação da comunidade Dubai, deflagrada na madrugada com objetivo interromper a moradia ilegal num ambiente de preservação ambiental, seguirá nos próximos dias e terá desdobramentos. Um dos crimes apurados é o tráfico de drogas na localidade.
“É a maior operação de reintegração e retomada de área tomada pela criminalidade aqui no estado. Temos casos nítidos de pessoas que eram utilizadas para ocupar espaços com argumento de moradia quando, na verdade, se tinha por trás disso um grupo de pessoas já identificadas, alguns já presos algumas semanas atrás, outros sendo presos agora e outras prisões virão.”, explicou o secretário.
Além da ocupação numa área de preservação de mata atlântica, no local também havia um esquema de tráfico de drogas e de vendas ilegais de terrenos. Essa comercialização, ainda segundo o secretário, era feita através de redes sociais e aplicativos de venda.
“ (Vamos) derrubar todas essas residências, ambientes ilegais, que não estavam servindo para moradia, mas, a grande parte, para ser vendidas em redes sociais; e vendidas a altos preços, inclusive. As pessoas estão sendo identificadas, mas observe que não é um ambiente somente de crime ambiental, é um ambiente também de tráfico de drogas. Armas que estavam enterradas já foram apreendidas.
Famílias serão transferidas para escolas
De acordo com a Polícia Militar, mais de 400 famílias ocupavam irregularmente a área. Enquanto a operação desocupa essas pessoas do local, elas serão transferidas e acolhidas no Centro Profissionalizante Deputado Antonio Cabral (CPDAC), segundo informou a secretaria de Habitação de João Pessoa.
Ocupação ilegal
A comunidade Dubai fica localizada numa área de preservação ambiental, com 15 hectares de mata atlântica. Segundo as investigações da Polícia Militar, que participa da operação, os moradores do local precisaram derrubar árvores e promover queimadas, para então construir casas no local. Portanto, uma boa parte da mata foi devastada.
MaisPB
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