
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) emitiu parecer favorável à retirada das tornozeleiras eletrônicas dos réus da operação Calvário que não tenham apresentado problemas no cumprimento das medidas cautelares. A manifestação ocorreu em processos que tramitam há mais de dois anos no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e tem caráter pessoal, se restringindo ao monitoramento eletrônico.
A medida, caso acatada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, deve beneficiar todos os réus que comprovem não ter violado nenhuma das medidas cautelares, exceto a ex-secretária da Saúde, Cláudia Veras e o ex-Procurador-Geral do Estado Gilberto Carneiro. Os casos de cada um deverão ser analisados de acordo com as suas particularidades.
O descumprimento das medidas cautelares fez com que um dos réus, no caso Coriolano Coutinho, fosse preso novamente no ano passado. De lá para cá, ele teve negados pela Justiça todos os pedidos para deixar a prisão.
A Operação Calvário foi desencadeada nos primeiros meses de 2019. Agentes públicos, empresários e empresas teriam sido responsáveis por algo em torno de R$ 373,9 milhões em desvios de recursos dos cofres do governo da Paraíba entre 2011 e 2018. O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) é apontado como o líder da suposta organização criminosa que teria atuado na administração pública com o fim de desviar recursos do erário.
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