
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que “a chance de um golpe é zero”. A declaração foi dada em entrevista à revista “Veja” publicada nesta sexta-feira (24).
Na conversa, o presidente falou sobre as eleições de 2022 e voto impresso, disse que não poderia tabelar os preços da gasolina e do gás de cozinha e voltou a questionar a eficácia da vacina CoronaVac.
Bolsonaro foi questionado se suas ações e falas seria a preparação para um golpe de Estado, o que o mandatário negou.
“Daqui para lá, a chance de um golpe é zero. De lá pra cá, a gente vê que sempre existe essa possibilidade”, afirmou o presidente, fazendo uma referência aos processos de impeachments movidos pela oposição.
Na entrevista, Bolsonaro afirmou que vai concorrer à reeleição do ano que vem e disse que “não vai mais repetir o que aconteceu em 2018”. “O vice tem que ter algumas características, tem que ajudar você”, completou. Após frequentes atritos com seu companheiro de chapa, Hamilton Mourão, a expectativa é de que os dois não repetiam a dobradinha de quando foram eleitos. Bolsonaro, no entanto, não descartou essa possibilidade, embora tenha afirmado que vê o general da reserva com um perfil para o Senado.
Bolsonaro também não descartou a possibilidade de se filiar em algum partido do Centrão para concorrer as eleições do ano que vem:
“Sobre o partido, eu não vou fugir de estar no PP, PL ou Republicanos. Não vou fugir de estar com esses partidos, conversando com eles. O PTB ofereceu pra mim também”, garantiu.
Bolsonaro negou que tenha preferência para disputar a eleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista, que recuperou seus direitos políticos este ano, aparece na liderança das intenções de voto para 2022, segundo a última pesquisa Ipec divulgada nesta semana. Sobre isso, Bolsonaro disse que o adversário se beneficia pelas críticas que faz à economia:
“Pesquisa é uma coisa, realidade é outra. O que o outro lado faz?: Oh, no meu tempo o gás estava tanto, a carne estava tanto. Eles ficam jogando isso aí, ele pegou uma economia de certa forma arrumada do Fernando Henrique Cardoso. Nós estamos arrumando a casa, engordando o porquinho, espero que o lobo mau não coma o nosso porquinho”, concluiu.
O Globo
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