O Ministério da Saúde concluiu, nesta quarta-feira (15), o envio de todas as vacinas contra a covid-19 necessárias para imunizar todos os adultos brasileiros com a primeira dose. Com isso, anunciou a redução do intervalo entre a primeira e a segunda doses da vacina da Pfizer, de 12 para 8 semanas. A mesma medida seria adotada com a vacina da AstraZeneca, como anunciado pela pasta em 25 de agosto, mas, diante do desabastecimento do imunizante, não foi possível antecipar a segunda aplicação.
A previsão feita pelo governo federal era de que a redução do intervalo entre as doses ocorresse a partir da segunda quinzena de setembro tanto para a vacina da Pfizer, como para a da AstraZeneca, já que ambas possuem o intervalo de 12 semanas. Porém, a antecipação da segunda dose da AstraZeneca não foi recomendada diante do desabastecimento da vacina, que, no Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Por causa do atraso no recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), a Fiocruz ficou duas semanas sem entregar vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Somente nesta semana, voltou a enviar doses ao governo federal, mas ainda em quantidade pequena. Foram liberadas 1,7 milhão de doses, e outras unidades devem ser entregues nesta semana. Segundo a Fiocruz, as remessas semanais estão garantidas até o fim deste mês.
O Correio questionou se o Ministério tinha um prazo para também encurtar o intervalo entre as doses da AstraZeneca, mas a pasta só informou que mantém o intervalo de aplicação de 12 semanas para o imunizante. Já no caso da Pfizer, a segunda dose poderá ser antecipada para oito semanas depois da primeira aplicação. O vídeo da campanha para informar a redução do intervalo foi divulgado também nesta quarta-feira (15) pela pasta. Mas a medida ainda não foi adotada de fato por todos os estados.
Correio Braziliense
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