Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estica a corda da crise institucional às vésperas do 7 de Setembro, a avaliação negativa do chefe do Executivo volta a crescer nacionalmente e a preferência por terceira via encolhe, dando mais vantagem para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme dados da terceira edição da pesquisa qualitativa feita pela Quaest Consultoria e encomendada pela Genial Investimentos divulgada nesta quarta-feira (01/09).
Conforme os dados do levantamento, o Nordeste foi a região do país onde a rejeição a Bolsonaro tem o maior percentual, de 59%, acima dos 53% registrados em agosto.
Após ficar tecnicamente estável na pesquisa Genial/Quaest de agosto em relação à de julho, passando de 45% para 44%, a avaliação negativa de Bolsonaro cresceu na edição de setembro, chegando a 48% dos entrevistados. Enquanto isso, a avaliação positiva, de 26%, em julho e em agosto, encolheu para 24% na mesma base de comparação. A avaliação regular ficou entre 27%, nos meses de julho e agosto, e em 26%, em setembro.
No Sudeste, passou de 42% para 47%, na mesma base de comparação. E, no Sul, subiu de 36% para 39%. No Norte e no Centro-Oeste, houve uma leve queda na avaliação negativa do presidente, para 40%, mas dentro da margem de erro de três pontos percentuais. Já avaliação positiva de Bolsonaro cresceu no Sul, passando de 29% para 32% entre agosto e setembro, mas ficou estável no Centro Oeste
“Chama bastante atenção a segmentação social da avaliação do governo. Por um lado, o governo é mais bem avaliado por evangélicos, homens, residentes nas regiões Sul e Centro-Oeste, mais velhos e com renda mais alta”, explicou Felipe Nunes, CEO da Quaest e coordenador da pesquisa. “Por outro, o governo tem mais reprovação dos católicos, residentes do Nordeste, mulheres, mais jovens e com renda mais baixa. São dois mundos sociologicamente muito diferentes”, acrescentou.
Correio Braziliense
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