Um relatório do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) apontou que a Precisa Medicamentos movimentou um volume de “recursos incompatível com o patrimônio” entre fevereiro e junho de 2021.
A empresa entrou na mira da CPI da Covid do Senado após um servidor do Ministério da Saúde ter apontado irregularidades no contrato de R$ 1,6 bilhão para compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, negociação na qual a Precisa atuou como intermediária.
As informações constam de documentos entregues à CPI, aos quais a TV Globo teve acesso com exclusividade.
Segundo o relatório, em quatro meses, a empresa movimentou R$ 43,7 milhões — o faturamento anual da Precisa, no entanto, é de R$ 17 milhões, de acordo com os dados do Coaf.
Os investigadores do Coaf também apontaram no relatório dificuldades para identificar o destino e a origem dos recursos.
“Os créditos mais expressivos ocorreram por meio de mesma titularidade, dificultando assim a identificação dos ordenantes”, diz o relatório.
Em nota, a Precisa negou irregularidades. “Tratam-se de transações financeiras regulares, lícitas, entre empresas coligadas. Considerar isso ilegal é querer distorcer os fatos, eis que o conceito de transação atípica do Coaf não é necessariamente de operação financeira irregular” disse a assessoria da empresa.
G1
Comente aqui