Economia

Preço de pratos típicos juninos teve aumento de 11%

Milho foi o alimento com o maior aumento registrado

Aqueles que vão curtir as estas juninas Brasil afora vão encontrar, além de bandeirinhas, danças e coisas típicas do período, um “vilão”: o tradicional milho, já que o preço do alimento teve uma alta de mais de 40% no último ano. 

As delícias dos festejos, bem como a animação da época, dão uma “aquecida” no tempo frio durante todo o mês — e, às vezes, invadindo julho, aproveitando o período de férias escolares. Nos últimos anos, porém, a diversão foi limitada: depois da pandemia e o retorno dos eventos, muitos tiveram que apertar o bolso para fechar a conta no mês.

O economista Matheus Peçanha explicou a alta: “quando os custos estão pressionados, o preço para o consumidor final geralmente sobe mais rápido, e quando os custos se despressurizam, esse repasse tende a demorar um pouco mais”. O milho, usado em pratos como curau e pamonha, subiu 43,48%, quase dobrando o valor comparado ao ano passado.

A farinha de mandioca (38.75%), batata doce (31,11%), ovos (29.79%) e o leite condensado (27,82%) foram outros alimentos que encareceram no período. Muitos desses essenciais no preparo de doces tradicionais, como cajuzinho.

As mudanças climáticas também interferem nos preços, já que efeitos inesperados afetam o plantio e, consequentemente, a produção e distribuição. Outro fator que contribui para a alta é a “luta” entre o mercado interno e externo.

T5

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Brasil

Previsão da inflação subiu para 6,03% este ano, diz Boletim Focus

Banco Central, depois de dois anos, oficializa uma vencedora para sua concorrência: a Binder - Janela Publicitária

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 1% para 1,02%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (15), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,38%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 1,8%, respectivamente.

A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – também variou de 6,02% para 6,03% neste ano. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4,15%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 4%, para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em abril, influenciado pelo aumento dos remédios, o IPCA ficou em 0,61%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior à taxa de março, de 0,71%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,18%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado, e é o maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.

O patamar da Selic é motivo de divergência entre o governo federal e o Banco Central. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Já a estimativa do mercado para a cotação do dólar está em R$ 5,20 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique neste mesmo patamar.

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Brasil

IPCA: prévia da inflação fica em 0,69% em março, puxado por gasolina


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — ficou em 0,69% em março , informou nesta sexta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice desacelerou na comparação com fevereiro, quando ficou em 0,76%. O indicador acumulado em 12 meses também desacelerou de 5,63% para 5,36%. Em março de 2022, o IPCA-15 foi de 0,95%.

De acordo com o IBGE, oito dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados para composição do indicador tiveram alta na comparação com o mês anterior. A exceção ficou por conta de artigos de residência, único a apresentar deflação no mês.

Veja abaixo a variação dos grupos em março:

  • Vestuário: 0,11%
  • Transportes: 1,50%
  • Alimentação e bebidas: 0,20%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,18%
  • Habitação: 0,81%
  • Despesas pessoais: 0,28%
  • Artigos de residência: -0,18%
  • Comunicação: 0,08%
  • Educação: 0,75%

Gasolina mais cara

De acordo com o instituto, a alta do grupo transportes foi puxada, principalmente, pelo aumento de 5,76% nos preços da gasolina. Este foi o subitem com o maior impacto individual no IPCA-15 de março (0,26 p.p.). O etanol também subiu, mas com menos intensidade (1,96%).

No fim de fevereiro, o governo anunciou a reoneração de gasolina e etanol, decididos após reuniões e impasses entre as alas política e econômica sobre o tema. De acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho.

Além dos combustíveis, os valores de transportes individuais e coletivos também contribuíram para a alta. Os transportes por aplicativo, por exemplo, tiveram alta de 9,02%. Também ficaram mais caros os ônibus urbanos, os intermunicipais, os trens e os táxis.

G1

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