Estátuas e prédios históricos depredados já parecem fazer parte do cotidiano da população dos centros urbanos.
Apesar de normalizado, os recorrentes furtos, pichações e danos aos bens públicos representam bem mais do que a poluição visual nos espaços, sendo, também, causador de prejuízos aos cofres públicos. Em João Pessoa, R$ 95 mil foram gastos apenas para a restauração de duas estátuas depredadas (Jackson do Pandeiro e Livardo Alves), valor que poderia ser revertido para melhorias de serviços básicos para a população.
O monumento em homenagem a Livardo Alves está em fase de finalização para entrega, segundo a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).
A estátua passará por construção, fundição e restauração do banco, chapéu e sapato, em serviço no valor de R$ 35 mil. Já a escultura de Caixa D’Água será reformada ainda este ano, mas não há previsão de data.
Visando combater a crescente escalada da prática, mais de 500 câmeras de monitoramento estão sendo instaladas pela cidade de João Pessoa, para um maior monitoramento e punição aos vândalos. A instalação é realizada em parceria entre o Governo do Estado, através do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e da Prefeitura de João Pessoa, com a Guarda Civil Municipal.
A informação foi confirmada pelo comandante da Guarda, Vitor Almeida, que também declarou que uma reforma vem sendo realizada na base da guarda, a fim de reforçar a segurança não só nos pontos onde há as estátuas de cobre, mas em toda a cidade. Além disso, o efetivo da força municipal terá aumento no armamento dos guardas, saindo de 8% para 50%.
As ações irão ajudar a coibir os atos de vandalismo e contribuir para a redução de gastos. Embora a Prefeitura de João Pessoa não tenha um valor total do prejuízo anual, a média divulgada, com as restaurações das estátuas de Jackson do Pandeiro e a de Livardo Alves, revelam os altos valores.
De acordo com a Coordenadoria do Patrimônio Cultural de João Pessoa (Copac-JP), a estátua de Livardo Alves, no Ponto de Cem Réis, foi recolhida porque vinha sendo alvo de vandalismo. A escultura teve parte do banco serrado, os óculos furtados e danos a outros elementos da obranota, que com o aumento significativo das ligas metálicas, as estátuas têm sido alvos constantes de vandalismo. Assim, as estátuas depredadas e furtadas são derretidas para que o material seja comercializado clandestinamente.
Depredação do bem público é crime previsto no Código Penal e pode ser denunciado por meio do contato 3214-3206, da Copac-JP, ou telefones de forças policiais, como a Polícia Militar, no número 190.
Blog do BG PB com União
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