Seis em cada dez mortos e mais da metade dos internados em decorrência da covid-19 no Brasil entre março e junho deste ano não tomaram a terceira dose da vacina.
A maioria das vítimas tem comorbidades e é idosa, revela a Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia ligada às universidades estaduais paulistas USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista), que compilou os dados a pedido do UOL.
Embora a vacinação contra o novo coronavírus tenha evitado milhões de óbitos desde o ano passado, muita gente precisou procurar um hospital após o aumento de casos nos últimos meses.
Entre março e 20 de junho —última data atualizada pelo governo federal—, 30 mil pessoas precisaram ser internadas por causa da infecção pelo novo coronavírus. Desse total, 17 mil pessoas, ou 56% dos casos, não haviam tomado a terceira dose (também chamada de primeira dose de reforço) contra a covid.
Outros 34,7% foram internados mesmo após a terceira dose, mas o reforço havia sido aplicado em 2021, o que significa que a proteção contra o vírus —que cai ao longo dos meses— já era menor. Entre todos os internados, apenas 9,2% (2.278) tomaram a terceira dose em 2022.
Entre os óbitos, a proporção é ainda maior: 61% dos 7.547 mortos pela covid entre março e junho não haviam tomado a terceira dose, índice que chegou a 69% em abril.
Cerca de 32% dos que morreram haviam sido imunizados com a terceira dose em 2021, enquanto apenas 5,9% tomaram a terceira dose este ano.
Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que a quarta dose da vacina contra a covid-19 já pode ser aplicada em pessoas acima dos 40 anos.
A extensão da faixa etária que vai passar a receber a segunda dose do reforço vale para aqueles que iniciaram o esquema vacinal com os imunizantes da AstraZeneca, Pfizer ou CoronaVac.
UOL
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