Funcionários e passageiros se assustaram na madrugada desta terça-feira (14), quando uma ameaça de bomba suspendeu momentaneamente as operações no aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba. Após pacotes suspeitos serem encontrados no banheiro do terminal e chamar a atenção de quem estava pelo local.
Além do esquadrão antibomba, o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e equipes do Samu foram acionadas. O material foi avaliado e apreendido pelas equipes, que cessaram a ameaça. Segundo a polícia, haviam bolsas e objetos pessoais dentro das embalagens, como preservativos e cremes hidratantes.
O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, aponta que a incidência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) continua em níveis de alerta, risco ou alto risco em boa parte do país. Em 12 das 27 unidades da Federação, a tendência é de crescimento, com destaque para o avanço de casos em crianças pequenas associados ao VSR (vírus sincicial respiratório).
A análise corresponde à semana epidemiológica 25, entre os dias 15 e 21 de junho, e indica que o cenário ainda exige atenção da população, principalmente diante da elevação das internações por influenza A e VSR.
Vírus circulantes e dados nacionais
Entre os casos positivos de SRAG nas últimas quatro semanas, 45,6% foram provocados pelo VSR, seguido por influenza A (37,5%), rinovírus (19,2%), Sars-CoV-2 (1,6%) e influenza B (0,9%). No acumulado de 2025, o Brasil já registrou 110.412 casos notificados de SRAG, sendo 51,5% positivos para algum vírus respiratório.
Dentre os casos positivos no ano:
26,3% foram causados por influenza A;
1,1% por influenza B;
45,4% por vírus sincicial respiratório (VSR);
22% por rinovírus;
8,6% por Covid-19 (Sars-CoV-2).
Estados com tendência de crescimento na SRAG
De acordo com o boletim, 12 estados apresentaram tendência de alta na incidência de SRAG:
Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Sergipe.
Por outro lado, Tocantins foi o único estado a registrar queda significativa nos casos e atingir um nível baixo e seguro de incidência.
Hospitalizações por VSR em crianças
O VSR continua sendo o principal responsável pelas internações de crianças pequenas, com aumento de casos nas regiões:
Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Nordeste: Alagoas, Bahia, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe; Norte: Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima; Centro-Oeste: Mato Grosso.
Já em estados do Sudeste, como Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, e em parte do Centro-Oeste, como Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul, os dados apontam interrupção do crescimento ou início de queda nas hospitalizações por VSR. O mesmo ocorre em alguns estados do Norte (Acre, Amapá e Tocantins) e do Nordeste (Ceará, Maranhão e Pernambuco).
Apesar disso, a Fiocruz alerta que a incidência ainda permanece alta na maior parte dessas regiões, exigindo vigilância constante e adoção de medidas preventivas por parte da população e das autoridades de saúde.
A última semana do mês de junho ficou marcada por derrotas políticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda assim, o Congresso teve uma boa notícia ao ver R$ 1,5 bilhão em emendas parlamentares sendo empenhadas.
Segundo dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), somente na terça-feira (24) o Executivo reservou mais de R$ 831 milhões para o pagamento das indicações de senadores e deputados ao Orçamento. Este foi o maior salto no montante reservado para emendas parlamentares ao longo de 2025.
Até o momento, ainda de acordo com o Siop, o governo já empenhou mais de R$ 2,328 bilhões para o pagamento de emendas. O montante efetivamente pago é, no entanto, menor: cerca de R$ 465 milhões.
A maior parte dos valores reservados pelo governo é de emendas individuais — impositivas e indicadas por um único parlamentar —. Porém, nenhuma emenda de comissões, que desde o ano passado vem sendo alvo de críticas e reclamações por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), foram empenhadas.
Emendas empenhadas: são aquelas que o governo reserva para poderem ser executadas. Nem sempre o valor liberado refere-se ao total solicitado na emenda.
Emendas liquidadas: aquelas que já foram autorizadas a serem executadas.
Emendas pagas: tudo o que foi pago na execução do pretendido pela emenda.
Ao todo, os parlamentares registraram 8.854 emendas. Desse total, 1.353 foram empenhadas, 555 liquidadas e 343 pagas. Do total pago, apenas três eram emendas de bancadas, totalizando R$ 2,2 milhões. O restante pago, R$ 463 milhões foram emendas individuais.
No fim da noite de terça (24), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que a Casa votaria no dia seguinte uma proposta para derrubar decretos do governo Lula que elevaram as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A decisão, que pegou o Planalto de surpresa, desencadeou uma série de reuniões e articulações do governo para tentar barrar a análise do projeto. Nada surtiu efeito.
E, ao longo desta quarta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também decidiu incluir a proposta na agenda de votações da Casa.
Derrota histórica escancara insatisfação
O resultado foi uma derrota histórica para o governo Lula no Congresso. Em um intervalo pequeno, as duas Casas aprovaram a derrubada de três decretos editados para aumentar o IOF.
Na Câmara, a derrota foi consolidada com 383 votos a favor da derrubada dos decretos e apenas 98 contrários. Do total de votos, 242 vieram de partidos com ministérios no governo. Do lado do Senado, a articulação política do Planalto evitou o registro nominal de votos e a derrubada dos decretos foi aprovada de forma simbólica.
Parlamentares têm reclamado que há um atraso do governo na liberação de emendas em 2025. A insatisfação, que abrange tanto senadores quanto deputados, foi um dos fatores apontados pelos congressistas para a noite de derrotas do Planalto.
Para este ano, o Congresso aprovou mais de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares – recursos direcionados por deputados e senadores para suas bases eleitorais. A maior parte é de emendas individuais (R$ 24,7 bilhões).
Diante das críticas, o governo tem justificado que houve mudanças no rito de liberação e pagamento de emendas, atendendo a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) argumenta que o atraso na aprovação do Orçamento de 2025, apenas no fim de março, também contribuiu para a demora.
Uma aposta feita em João Pessoa está entre as 13 que acertaram as cinco dezenas sorteadas no concurso 6760 da Quina de São João, realizado neste sábado (29). Cada ganhador vai embolsar R$ 19.249.775,58, parte de um prêmio histórico que ultrapassou os R$ 250 milhões.
Além da capital paraibana, apostas vencedoras foram registradas em Belo Horizonte (MG), Dourados (MS), Glória do Goitá (PE), Recife (PE) e São Paulo (SP).
Outras sete apostas ganhadoras foram feitas por meio de bolões nas cidades de Cariacica (ES), Goiânia (GO), Uberaba (MG), Nova Mutum (MT), Porto Alegre (RS), Botucatu (SP) e Penápolis (SP).
Na Quina de São João, o prêmio não acumula. Caso ninguém acerte as cinco dezenas, o valor é automaticamente dividido entre os acertadores de quatro, três ou até dois números, conforme as regras da modalidade.
Veja quantas apostas foram premiadas no concurso 6760:
5 acertos: 13 apostas ganhadoras — R$ 19.249.775,58 para cada uma
4 acertos: 3.825 apostas — R$ 6.229,64
3 acertos: 268.918 apostas — R$ 84,38
2 acertos: 6.311.241 apostas — R$ 3,59
O próximo sorteio da Quina está marcado para segunda-feira (30).
O que é a Quina de São João
A Quina de São João é um sorteio especial realizado uma vez por ano, próximo ao dia 24 de junho, data em que se celebra o Dia de São João. Diferente dos concursos regulares, ela oferece prêmios muito mais altos e não acumula.
O Senado dos Estados Unidos aprovou, na noite de sábado (28), horário local, o projeto de corte de impostos de Trump apelidado de “One Big Beautiful Bill” (Um Grande e Belo Projeto de Lei), em uma votação crucial, por 51 a 49, após uma longa discussão entre os líderes republicanos.
Agora, o partido de Trump precisa satisfazer os inúmeros opositores que ainda exigem mudanças no projeto. Com o resultado, os republicanos deram um passo importante na noite de sábado, embora o futuro da medida de cortes de impostos e gastos ainda esteja em questão, visto que outros obstáculos permanecem.
O projeto de lei de 940 páginas visa reduzir os impostos federais e injetar mais dinheiro nas principais prioridades de Trump em imigração, fronteiras, corte de impostos e questões militares, começou após horas de atraso.
A proposta estenderia os cortes de impostos de 2017, que foram a principal conquista legislativa de Trump durante seu primeiro mandato como presidente. Analistas apartidários estimam que uma versão do projeto adicionaria trilhões à dívida pública americana de US$ 36,2 trilhões.
Em publicação na rede social Truth Social, Trump disse que a votação foi uma “grande vitória”, e cumprimento os senadores que votaram a favor da medida.
O cronograma da medida é curto. Trump exigiu a assinatura do projeto de lei no dia 4 de julho, mas a medida ainda precisa retornar à Câmara após a aprovação do Senado.
A votação permite que o Senado comece a debater o projeto de lei de Trump, preparando uma votação final para sua aprovação naquela casa já na segunda-feira.
Os trabalhos do governo junto a setores como aviação, energia elétrica e combustíveis vem sendo afetado pela crise fiscal em curso.
Com o congelamento de gastos de R$ 31,3 bilhões anunciado no final de maio, agências reguladoras federais tiveram verba contingenciada e, consequentemente, programas e atividades paralisadas.
Aviação
Em nota publicada na noite de sexta-feira (27), a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) disse ter sido afetada “significativamente”, com um contingenciamento da ordem de R$ 30 bilhões – praticamente um quarto do que havia sido autorizado para o exercício de 2025.
O montante de R$ 120,7 milhões liberado no orçamento para a Anac já estava abaixo dos R$ 172 milhões solicitados pela agência ao longo da elaboração do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária).
Dentre os órgãos reguladores, o orçamento per capta da Anac é um dos menores e, com o contingeciamento, chega ao nível mais baixo dos últimso 12 anos, segundo a nota.
Dentre os impactos listados pela Anac constam:
Suspensão do agendamento de exames teóricos para obtenção de licenças e habilitações;
Paralisação de processos de certificação de novas empresas e tecnologias aeronáuticas;
Potencial redução de até 60% da supervisão e inspeção da conformidade de requisitos mínimos de segurança de operações aéreas, aeronaves, aeroclubes, oficinas de manutenção,
operadores aéreos e aeroportuários;
Interrupção de contrato com a FGV (Fundação Getulio Vargas) e paralisação de bancas de provas;
Revisão dos procedimentos relativos à realização de exames de proficiência, etapa obrigatória para concessão de licenças e habilitações de pilotos, comissários de voo e mecânicos de manutenção aeronáutica;
Interrupção de novas certificações
Energia elétrica
Na quinta-feira (26), o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa, disse que o regulador passa pelo pior corte orçamentário de sua história.
“Esse é o pior corte orçamentário que a Aneel já experimentou na história. É um quadro crítico de funcionamento da agência que pode impactar o cidadão e o desenvolvimento econômico do país”, afirmou a jornalistas.
Feitosa explicou que o contingenciamento levou o orçamento da Aneel a R$ 117 milhões, ante os R$ 155 milhões previstos para 2025. A agência havia solicitado R$ 240 milhões.
Combustível
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil) informou no começo da semana que terá de suspender o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis no mês de julho, diante dos cortes orçamentários.
Além de suspender o Programa, a agência reduzirá o volume amostral no contrato do Levantamento Semanal de Preços de Combustíveis, a partir da pesquisa referente ao período de 16 a 21 de junho.
Ademais, irá adotar medidas para reduzir despesas com diárias e passagens aéreas e recursos destinados à fiscalização, além de informar que reuniões de diretoria, audiências públicas, workshops, seminários e similares serão realizados de forma remota.
A Polícia Federal encontrou um montante de dinheiro em espécie na casa de um dos alvos da Operação Overclean, cuja quarta fase foi deflagrada nesta sexta-feira. As cifras estavam guardadas em maços de R$ 100 e R$ 50 em uma gaveta na residência do ex-prefeito Marcel Carneiro de Carvalho (PT), de Paratinga (BA).
A Polícia Federal calculou que os valores confiscados chegam a R$ 3,2 milhões. O político foi alvo de um mandado de busca e apreensão e teve o sigilo telefônico quebrado.
Em nota, a defesa de Carvalho afirmou que a medida cautelar foi “recebida com absoluta tranquilidade e atendida de forma espontânea, sem qualquer resistência ou oposição”.
“Ressaltamos que o Sr. Marcel Carneiro permanece à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários, confiando no pleno funcionamento das instituições e na observância rigorosa das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa”, diz o comunicado, destacando que ele tem uma carreira na iniciativa privada.
Prefeitos afastados
A ação mirou em Carvalho e nos prefeitos Humberto Raimundo de Oliveira (PT), de Ibipitanga (BA); e Alan Machado França (PSB), de Boquira (BA). Eles foram afastados do cargo. Um assessor parlamentar do deputado federal Félix Mendonça (PDT-BA) também foi alvo de mandados de busca e apreensão.
O parlamentar não foi alvo de nenhum mandado, mas teve o sigilo telefônico quebrado por autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo as investigações, o secretário parlamentar Marcelo Chaves Gomes é suspeito de atuar como operador financeiro do esquema. Ele também foi afastado das suas funções públicas.
Ao GLOBO, o deputado federal afirmou que foi “pego de surpresa” com a operação e que não cometeu nenhuma irregularidade.
— Coloquei emenda na intenção de ser votado, nunca teve indicação de empresa. Nada de irregular. Se você me perguntar agora se foi para a Infraestrutura, Saúde, Educação, eu não sei. Não tem nenhuma vinculação que não seja retorno político — explicou ele.
“O deputado ressalta que as emendas para custeio ou investimentos nos municípios são solicitadas por prefeitos, ou lideranças, sendo esperado que os recursos sejam aplicados de forma lícita, com a obtenção de ganho exclusivamente político”, acrescenta nota enviada pela assessoria do parlamentar.
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e a apreensão nas cidades de Salvador, Camaçari, Boquira, Ibipitanga e Paratinga, todas na Bahia. As ações foram expedidas pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo.
Segundo a PF, o núcleo investigado é suspeito de atuar na liberação de emendas indicadas entre os anos de 2021 e 2024 mediante o pagamento de propina. Nesse período, o parlamentar enviou quatro emendas que somam 4,6 milhões às cidades de Ibipitanga e Boquira.
Os alvos devem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos e lavagem de dinheiro.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pediu ao presidente da Corte, Luiz Roberto Barroso, que avalie com quem ficará a relatoria da ação do PSOL contra a derrubada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – se com o próprio decano da Corte ou com o ministro Alexandre de Moraes.
O Congresso derrubou na quarta-feira, 25, o decreto presidencial que aumentava o IOF. Os primeiros ajustes nas alíquotas do tributo foram anunciados em maio, mas o governo Lula, a Câmara dos Deputados e o Senado não chegaram a um acordo em uma discussão que se estende por mais de um mês.
Gilmar diz que parece haver “coincidência parcial de objetos” entre a ação do PSOL e outro processo que o PL moveu, no início do mês, pela derrubada do decreto do IOF. Esta segunda ação está sob relatoria de Moraes.
“Caso se compreenda inexistir, na espécie, coincidência parcial de objetos, há, no mínimo, segundo penso, risco de prolação de decisões contraditórias”, alertou Gilmar ao pedir que Barroso avalie se é necessária a redistribuição da ação. O despacho foi assinado após a ação do PSOL ser distribuída para o gabinete do decano.
Segundo Gilmar, há a possibilidade de, em uma ação, se entender que os decretos do governo federal são válidos, enquanto na outra ação, se entenda pela constitucionalidade da derrubada.
“Em outras palavras, revela-se indispensável, para deslinde da presente controvérsia, examinar o próprio conteúdo dos Decretos 12.466/2025, 12.467/2025 e 12.499/2025, delineando se o presidente da República exerceu seu poder dentro dos limites regulamentares ou da delegação legislativa, para, na sequência, analisar se o procedimento suspensivo do Parlamento encontra amparo no texto constitucional”, explicou.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo para acumulado de chuvas em 20 municípios da faixa litorânea e zona da mata paraibana. O aviso teve início às 10h deste sábado (28) e segue válido até as 10h do domingo (29).
De acordo com o Inmet, as chuvas podem variar entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com baixo risco de alagamentos e pequenos deslizamentos, principalmente em áreas com histórico de problemas causados por chuvas intensas.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar a 17 anos de pena Fábio Alexandre de Oliveira, homem que foi filmado sentado na cadeira do ministro durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Oliveira, que é mecânico, aparece em vídeos sentado na cadeira do ministro gritando frases ofensivas, como: “Cadeira do Xandão aqui, ó! Aqui ó, vagabundo! Aqui é o povo que manda!”. A defesa diz que o acusado apenas exerceu seu direito constitucional de manifestação e que não há provas de materialidade e autoria dos crimes imputados.
Na gravação, ele utiliza luvas, para dificultar sua identificação datiloscópica, e mantém uma máscara de proteção contra gases sobre suas pernas. Para o Ministério Público Federal (MPF), o uso dos equipamentos demonstra “intenção e preparação para a prática de atos de que poderiam resultar em confronto com as forças de segurança pública que guarneciam os prédios invadidos”.
Moraes votou para condenar Oliveira à pena de 17 anos, sendo 15 anos e 5 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção, além de 100 dias de multa – cada um fixado no valor de um terço do salário mínimo.
As penas foram aplicadas pelos crimes de: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado ao patrimônio público; deterioração do Patrimônio tombado; e associação criminosa armada.
Para Moraes, está comprovado, tanto pela ampla investigação realizada pela Polícia Federal quanto pelas provas documentais e audiovisuais constantes dos autos, que Oliveira “participou ativamente das manifestações antidemocráticas que antecederam os eventos de 8 de janeiro de 2023, aderindo, desde então, ao intento golpista”.
“Suas manifestações públicas, sua presença nos locais invadidos, o uso de equipamentos para dificultar identificação, bem como as comunicações com outros envolvidos, evidenciam que instigou, apoiou e legitimou a atuação das massas que, no dia 8 de janeiro de 2023, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, com o objetivo de depor o governo legitimamente constituído e abolir o Estado Democrático de Direito”, diz o ministro.
O ministro sustenta que os elementos constantes dos autos comprovam que a conduta não foi “episódica, tampouco passiva ou neutra, mas sim engajada, voluntária e com forte adesão ao propósito criminoso de ruptura da ordem constitucional”.
A taxa de inadimplência do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) alcançou 59,3% em 2024, o maior índice desde a criação do programa. Isso significa que 6 em cada 10 estudantes financiados estão devendo. E a dívida não é pequena: uma média de R$ 46.000 por aluno.
Os dados são do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e foram obtidos via LAI (Lei de Acesso à Informação). As informações são referentes até maio de 2025.
Com mais devedores, menos estudantes se interessam pelo programa. A adesão também caiu: os novos contratos firmados por ano recuaram 88% desde 2015.
A região Sudeste concentra 1,01 milhão de contratos ativos. O Nordeste vem em seguida, com 711 mil.
Neste 1º semestre de 2025, foram apenas 34.000 novos financiamentos. O recuo acompanha mudanças nas regras, como o fim da carência total e o início dos pagamentos durante o curso.
O curso mais financiado é direito (397 mil), seguido por enfermagem (201 mil) e engenharia civil (172 mil).
Em nota, o Ministério da Educação afirmou que trabalha para ampliar o acesso ao ensino superior com condições diferenciadas para alunos de baixa renda. A pasta reconhece a necessidade de aprimorar o programa e afirma que renegociações já somam mais de 387 mil contratos.
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