
O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, aponta que a incidência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) continua em níveis de alerta, risco ou alto risco em boa parte do país. Em 12 das 27 unidades da Federação, a tendência é de crescimento, com destaque para o avanço de casos em crianças pequenas associados ao VSR (vírus sincicial respiratório).
A análise corresponde à semana epidemiológica 25, entre os dias 15 e 21 de junho, e indica que o cenário ainda exige atenção da população, principalmente diante da elevação das internações por influenza A e VSR.
Vírus circulantes e dados nacionais
Entre os casos positivos de SRAG nas últimas quatro semanas, 45,6% foram provocados pelo VSR, seguido por influenza A (37,5%), rinovírus (19,2%), Sars-CoV-2 (1,6%) e influenza B (0,9%). No acumulado de 2025, o Brasil já registrou 110.412 casos notificados de SRAG, sendo 51,5% positivos para algum vírus respiratório.
Dentre os casos positivos no ano:
26,3% foram causados por influenza A;
1,1% por influenza B;
45,4% por vírus sincicial respiratório (VSR);
22% por rinovírus;
8,6% por Covid-19 (Sars-CoV-2).
Estados com tendência de crescimento na SRAG
De acordo com o boletim, 12 estados apresentaram tendência de alta na incidência de SRAG:
Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Sergipe.
Por outro lado, Tocantins foi o único estado a registrar queda significativa nos casos e atingir um nível baixo e seguro de incidência.
Hospitalizações por VSR em crianças
O VSR continua sendo o principal responsável pelas internações de crianças pequenas, com aumento de casos nas regiões:
Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
Nordeste: Alagoas, Bahia, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe;
Norte: Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima;
Centro-Oeste: Mato Grosso.
Já em estados do Sudeste, como Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, e em parte do Centro-Oeste, como Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul, os dados apontam interrupção do crescimento ou início de queda nas hospitalizações por VSR. O mesmo ocorre em alguns estados do Norte (Acre, Amapá e Tocantins) e do Nordeste (Ceará, Maranhão e Pernambuco).
Apesar disso, a Fiocruz alerta que a incidência ainda permanece alta na maior parte dessas regiões, exigindo vigilância constante e adoção de medidas preventivas por parte da população e das autoridades de saúde.
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