Política

VÍDEO: Hugo proíbe cartazes e panfletos na Câmara após tumulto entre base e oposição

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), editou nessa quarta-feira (26) um ato que proíbe o uso de cartazes, banners e panfletos no plenário da Casa. A decisão foi tomada após um tumulto envolvendo parlamentares da base governista e da oposição, na semana passada.

“Isso eu fiz para garantir que episódios tristes como aqueles que aconteceram na semana passada não voltem a acontecer”, explicou Motta em um vídeo publicado nas redes sociais.

O episódio que Hugo se refere ocorreu durante discussões na Casa sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Tudo começou após um discurso de Nikolas Ferreira (PL-MG), quando o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), tentou responder da tribuna. A fala foi interrompida por manifestações da oposição, e a sessão, presidida pela deputada Katarina Feitoza (PSD-SE), foi suspensa diante da falta de ordem. Durante a briga, deputados exibiram cartazes com críticas tanto ao governo quanto ao ex-presidente Bolsonaro.

Além da proibição de materiais visuais, Hugo Motta também editou um ato exigindo que parlamentares e visitantes da Câmara estejam “adequadamente trajados” para circular nos plenários. Policiais legislativos atuarão para impedir a entrada de deputados sem trajes formais, como camisetas ou sem gravata, conforme previsto no regimento interno.

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Brasil

Mais de R$ 550 milhões foram liberados no novo consignado para CLT, diz governo federal

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Crédito do Trabalhador – nova modalidade de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada – já liberou cerca de R$ 551.566.883,31 em empréstimos por meio da Carteira de Trabalho Digital.

Esse valor corresponde ao período entre 6h de sexta-feira (21) e 11h de terça-feira (26), conforme dados da Dataprev repassados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Uma nova atualização deve sair até as 18h.

Segundo os dados divulgados nesta terça, foram firmados 89.338 mil contratos, com um valor médio de R$ 6.173,93 por trabalhador. A parcela média é de R$ 319,13, com prazo médio de 19 meses.

A expectativa é de que mais de R$ 120 bilhões de contratos sejam migrados para a nova modalidade nos primeiros meses de programa.

Até o momento, o número de solicitações de crédito chegou a 9.959.841, enquanto as simulações passaram de 71,5 milhões.

No Brasil, mais de 47 milhões de trabalhadores são assalariados, e 68 milhões possuem o aplicativo Carteira de Trabalho Digital.

O trabalhador pode oferecer até 10% do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, mas também tem a opção de não apresentar nenhuma.

A análise do crédito é feita com base nessas informações, e o trabalhador não pode comprometer mais de 35% da sua renda com as parcelas mensais.

Se o trabalhador decidir cancelar o empréstimo, terá 7 dias corridos, a partir do recebimento do crédito, para devolver o valor total.

Além disso, pode transferir um empréstimo com juros altos para outro com condições mais favoráveis, mas apenas a partir do dia 25 de abril – para o mesmo banco – ou em 6 de junho, para bancos diferentes.

Se encontrar uma oferta melhor após contratar o Crédito do Trabalhador, o trabalhador também poderá migrar para essa nova proposta.

CNN Brasil

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Brasil

Fux vai rever pena de mulher condenada por pichar estátua do STF com batom

Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (26) que pretende rever a pena da cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de pichar a estátua “A Justiça” com um batom em 8 de janeiro de 2023.

Na avaliação do ministro, alguns réus são condenados com penas “exacerbadas”. O relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, votou a favor da prisão de Débora por 14 anos e propôs multa de aproximadamente R$ 50 mil. Nesta terça, Fux disse que quer rever a dosimetria (cálculo da pena) sobre o caso.

“Eu vou fazer uma revisão dessa dosimetria. Porque, se a dosimetria é inaugurada pelo legislador, a fixação da pena é do magistrado. E o magistrado o faz à luz da sua sensibilidade, do seu sentimento em relação a cada caso concreto”, disse o ministro.

Como relator do caso, Moraes ainda sugeriu a aplicação de uma segunda multa, no valor de R$ 30 milhões, a ser paga por todos os demais condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, por danos morais coletivos.

A pena é criticada por integrantes da oposição e políticos próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que consideram a penalidade exagerada.

“Eu confesso que em determinadas ocasiões me deparo com uma pena exacerbada. E foi por essa razão, ministro Alexandre, que eu pedi vista desse caso. Quero analisar o contexto em que essa senhora se encontrava”, disse Fux durante sessão da Primeira Turma do STF para avaliar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro e outras sete pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado.

Pedido de vista

Na segunda-feira (24), Fux pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar um caso, no julgamento sobre a condenação de Débora. Ela é acusada de pichar a frase “Perdeu, mané”, na estátua localizada em frente ao STF.

“Nós julgamos sob violenta emoção após a verificação da tragédia do 8 de janeiro. Fui ao meu ex-gabinete e vi mesas queimadas, papéis queimados. Mas acho que os juízes na sua vida têm sempre que refletir os erros e os acertos”, disse Fux nesta quarta.

Com o pedido de vista, o fim do julgamento foi adiado. O julgamento havia começado na última sexta-feira (21), no plenário virtual da Primeira Turma da Corte, e tinha até a próxima sexta (28) para ser apreciado pelos ministros que compõem o colegiado. No ambiente virtual, não há discussão, apenas apresentação de votos no sistema eletrônico do Supremo.

CNN Brasil

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Paraíba

Motoristas autônomos terão ação de saúde e bem-estar promovida pelo SEST/SENAT em Cabedelo (PB)

Truck Center será inaugurado na próxima sexta com a presença do ministro  Silvio Costa Filho e o governador João Azevêdo | Porto De Cabedelo

Na próxima sexta-feira (28), o SEST SENAT realiza uma ação voltada para caminhoneiros em Cabedelo, na Paraíba. O evento contará com palestras sobre alimentação, a importância de atividades físicas no cuidado com a saúde, e também exercícios de ginástica laboral para o combate a fadiga, com o objetivo de oferecer suporte aos trabalhadores do setor de transporte da região.

De acordo com a Confederação Nacional de Transportes (CNT), entre os acidentes causados por fatores relacionados à saúde dos condutores, entre 2010 e 2020, quase 45 mil tiveram como causa o sono e o mal súbito do motorista. Esses números podem ser reduzidos se o motorista tiver o cuidado necessário com a saúde. Isso vai desde uma alimentação saudável e um sono adequado até uma postura correta ao volante.

“Um dos propósitos do SEST SENAT é ofertar soluções integradas de saúde e qualidade de vida para os profissionais do transporte que enfrentam diariamente as estradas. A entidade realiza diversas ações que contribuem com o bem-estar e a produtividade dos trabalhadores do setor que movimentam a economia e impulsionam o desenvolvimento do país”, afirma o presidente da Federação das Empresas do Transporte de Passageiros – FETRONOR e da regional do SEST SENAT, Eudo Laranjeiras.

Segundo o supervisor do SEST SENAT, Marcelo Barros, a entidade tem na Paraíba unidades em João Pessoa, Campina Grande e Cajazeiras que oferecem atendimento psicológico, nutricional, de fisioterapia, e odontológico de forma gratuita para todos os trabalhadores do setor. Além de cursos com foco na segurança não só do motorista, mas de toda a população que circula nas estradas municipais, estaduais e federais, como é o caso de Direção Defensiva.

Eudo Laranjeiras, que também é vice-presidente da Confederação Nacional do Transporte – CNT, afirma que a meta no ano do cinquentenário da FETRONOR é investir mais na qualificação, na saúde e bem-estar dos trabalhadores do Sistema de Transporte no Rio Grande do Norte e Paraíba, regional do SEST SENAT que preside.

Programação

A programação que acontecerá das 8h às 11h, na PBTruck, que fica próxima ao Porto de Cabedelo (Rua Jair Cunha Cavalcanti, 3690 – Recanto do Poço, Cabedelo/PB), inclui uma palestra da nutricionista Tatianne Bezerra Leite Araújo, que abordará os desafios da alimentação saudável nas estradas e alternativas para manter uma dieta equilibrada, atendimento individualizado e ginástica laboral com a educadora física e promotora de esporte e lazer Mariucha Waleska Lima de Godoi, com orientações para minimizar os impactos da rotina prolongada ao volante.

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Judiciário

“Estado democrático de direito acabou”, diz Marcelo Queiroga sobre decisão do STF que tornou Bolsonaro réu em investigação

O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL), criticou a decisão do STF que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro, agora acusado de orquestar um golpe de estado.

Em uma postagem nas redes sociais, Queiroga repostou uma imagem em que diz “O Estado Democrático de Direito Acabou”, uma crítica aos vídeos mostrados pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes que, segundo ele, não estariam nos autos do processo. Veja:

A postagem original foi feita pelo Senador Flávio Bolsonaro (PL) no instagram. Na legenda, o filho de Jair Bolsonaro questiona o uso das imagens por Moraes.

“É juiz ou promotor? Como que exibe um vídeo que não está nos autos e com o claro objetivo de prejudicar o réu? Não sobrou nada do Estado Democrático de Direito. A Constituição virou cinzas.” conclui.

Blog do BG PB

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Brasil

Bolsonaro critica julgamento “político” no STF: “Estão com pressa”

Foto: Antonio Augusto/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (26) que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal tem “pressa” para analisar da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre o núcleo principal do inquérito sobre o plano de golpe

“Estão com pressa. Muita pressa. O processo contra mim avança a uma velocidade 14 vezes maior que o do Mensalão e pelo menos 10 vezes mais rápida que o de Lula na Lava Jato”, afirmou no X (antigo Twitter).

Nesta tarde, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia da PGR contra o chamado “núcleo crucial” da investigação sobre o plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro e outras setes pessoas, entre ex-ministros, auxiliares e ex-comandantes de Forças durante o seu governo, são alvo da denúncia.

Segundo ele, a motivação é “política” e o tribunal tenta evitar que ele seja julgado em 2026. “Querem impedir que eu chegue livre às eleições porque sabem que, numa disputa justa, não há candidato capaz de me vencer”, disse.

Ao aceitar os argumentos da PGR, o STF torna os denuncias réus e eles passarão a responder a um processo judicial. No fim da ação, eles serão absolvidos ou condenados, com penas a serem definidas pelos magistrados.

“A julgar pelo que lemos na imprensa, estamos diante de um julgamento com data, alvo e resultado definidos de antemão. Algo que seria um teatro processual disfarçado de Justiça – não um processo penal, mas um projeto de poder que tem por objetivo interferir na dinâmica política e eleitoral do país”, declarou Bolsonaro.

Nesta quarta-feira, Bolsonaro acompanha o julgamento no gabinete no Senado do seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Na terça-feira (25), o ex-presidente foi, de última hora e acompanhado de parlamentares aliados, ao plenário do STF para assistir à primeira sessão do caso.

Em seu voto, o relator Alexandre de Moraes destacou diversas declarações de Bolsonaro citadas pela PGR para reforçar os indícios de participação do ex-presidente no planejamento de um plano de teor golpista.

“A ironia é que, quanto mais atropelam regras, prazos e garantias para tentar me eliminar, mais escancarado fica o medo que eles têm das urnas e da vontade do povo. Se realmente acreditassem na democracia que dizem defender, me enfrentariam no voto, não no tapetão”, disse.

Bolsonaro tem reafirmado que será candidato da direita em 2026. Apesar disso, o ex-presidente foi declarado inelegível em junho de 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião realizada com embaixadores em julho de 2022.

Nas redes sociais, Bolsonaro disse ainda que o “mundo está atento” e a comunidade internacional acompanha o que chamou de “perseguição seletiva, acusações vagas de ‘extremismo’ ou de ‘ameaça à democracia’ e a tentativa de eliminar a oposição por via judicial”.

CNN Brasil

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Brasil

Primeira Turma do STF tem maioria para tornar réus Bolsonaro e outros 7 por trama golpista

Foto: Fellipe Sampaio /STF

Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados réus no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado durante e depois das eleições de 2022.

O julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi retomado na manhã desta quarta-feira (26).

Votaram a favor do recebimento da denúncia os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino e Luiz Fux.

Com o aceite da denúncia, os investigados agora se tornarão réus e passarão a responder ao processo na Suprema Corte, onde poderão ser considerados culpados ou inocentes.

Além do ex-presidente, veja quem compõe a lista de acusados do “núcleo 1”, grupo crucial na suposta trama golpista, cuja denúncia foi recebida:

  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
  • e Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de ter sido candidato a vice de Bolsonaro em 2022.

A denúncia aponta cinco crimes atribuídos aos acusados, todos relacionados a um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor do pleito. São eles:

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • deterioração de patrimônio tombado.

CNN Brasil

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Paraíba

INUSITADO: Ex-governador da Paraíba está sepultado na casa onde nasceu e moradora dorme ao lado do túmulo

No Sertão da Paraíba, uma história inusitada chama atenção. O ex-governador João Agripino, que governou o estado entre 1966 e 1971, está sepultado dentro do quarto onde nasceu, na Fazenda Cachoeira, entre os municípios de Brejo do Cruz e Catolé do Rocha. O desejo de ser enterrado em sua terra natal foi manifestado pelo próprio político ainda em vida.

A fazenda, que pertence à tradicional família Maia, mantém o túmulo dentro da casa, onde ainda moram três idosos descendentes de antigos trabalhadores da propriedade. Uma das moradoras, a aposentada Francisca Batista da Silva, dorme no quarto ao lado do sepulcro e lida com isso com naturalidade.

“Achei bom ele ter vindo pra cá para eu poder cuidar dele, mesmo morto. Eu queria bem a ele. Todo mundo dizia: ‘eu não morava não ao lado de uma sepultura’. Mas eu moro, e quero ver ele, é meu sonho”, disse emocionada.

O sobrinho do ex-governador, Lauro Maia, admite que a situação pode parecer incomum, mas reforça que foi uma decisão pessoal. “Foi a vontade dele, e a vontade foi cumprida. Acho que é a única casa no Brasil onde um governador está sepultado no lugar onde nasceu”, afirmou.

A sepultura recebe visitas esporádicas de familiares e curiosos, mantendo viva a memória do ex-governador dentro da casa onde ele deu os primeiros passos.

Politicaetc

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Polícia

Homem que se apresentava como juiz e policial é preso em João Pessoa

Tráfico, Criança
Central de Polícia Civil em João Pessoa (Foto: Divulgação)

Um homem de 47 anos investigado por aplicar fraudes no comércio de João Pessoa foi preso terça-feira (25).

De acordo com a polícia, ele costumava se apresentar como juiz de Direito e policial federal, quando cometia os crimes de estelionato.

O homem era considerado foragido da Justiça e já possuía um mandado de prisão em aberto. Ele foi localizado e preso pelas equipes da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC). A prisão foi comunicada à justiça, para as medidas cabíveis.

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Judiciário

Comunidade terapêutica “homens de valor” é condenada por sequestro, cárcere e tortura, na PB

O Juízo da 1ª Vara Criminal de Campina Grande julgou procedente a ação penal proposta pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e condenou sete pessoas pela prática de sequestro, cárcere privado e tortura. Os crimes foram praticados, nos anos de 2023 e 2024, na Comunidade Terapêutica “Homens de Valor”, localizada na zona rural do município de Lagoa Seca, contra cinco internos.

As violações de direitos humanos foram constatadas durante uma inspeção realizada no estabelecimento, em agosto do ano passado, pelo Grupo de Trabalho criado e coordenado pelo MPPB para fiscalizar as comunidades terapêuticas, em todo o Estado da Paraíba. Durante a fiscalização, internos começaram a gritar por socorro, alegando que estavam presos e sofrendo agressões. A polícia foi acionada e foram encontrados quartos com cadeados, marcas de sangue nas paredes e vítimas confirmando os maus-tratos.

Em razão disso, 38 pessoas foram resgatadas e sete, presas em flagrante (entre gestores e funcionários); a Comunidade Terapêutica foi interditada e foi instaurado um inquérito policial, que resultou na denúncia oferecida pelo MPPB contra os proprietários do estabelecimento, Celino de Farias Costa e Michele de Lima Olegário; contra o terapeuta, Neyson Oliveira Silva; e contra os monitores, Davi Albuquerque Gomes, Gabriel Alves Pereira Inocêncio, Lucas Michel Andrade Santos e Jeferson da Silva Guedes.

Pena

Os sete réus foram incursos nos artigos 148, parágrafo 1º, incisos II e III, do Código Penal; 1º, II, da Lei 9.455/1997, cominado com os artigos 69 e 71, ambos do Código Penal. Celino Costa foi condenado a sete anos e 10 meses de reclusão; Michelle Olegário e Neyson Silva foram condenados, a sete anos e quatro meses de reclusão, cada um.

Já os monitores Davi Gomes, Gabriel Inocêncio, Lucas Santos e Jeferson Guedes foram condenados a cinco anos e quatro meses de reclusão, cada um. Todos deverão cumprir a pena inicialmente em regime semiaberto em estabelecimento prisional indicado pelo Juízo da Execução Penal.

Ação Penal

A denúncia oferecida pelo promotor de Justiça de Campina Grande, Noel Crisóstomo de Oliveira, foi recebida em setembro do ano passado pelo juiz Vladimir José Nobre de Carvalho, quando foi instaurada a Ação Penal, julgada no último dia 17.

Durante a instrução do processo, foi constatado que Celino de Farias exercia a função de gestor e terapeuta e era o responsável pela “captura” e/ou “resgate” compulsório dos internos, usando para isso arma de fogo para impedir qualquer tipo de reação ou negativa do internando de não ser levado até a sua clínica.

Michelle Lima, por sua vez, atuava como diretora administrativa e enfermeira. Ela permitiu a “captura” forçada de internos; sabia dos métodos violentos de Celino para realizar tais “capturas” e era conivente com os castigos físicos e psíquicos e com as sessões de torturas contra os pacientes.

Durante a instrução do processo, ficou comprovado que os demais acusados também foram responsáveis diretos pela colocação, monitoramento e manutenção dos pacientes em cárcere privado e sessões de tortura. Todos agiram sob o pretexto de dar um tratamento a dependentes químicos.

“A materialidade dos delitos de sequestro, cárcere privado e tortura foram inegavelmente comprovados através do auto de prisão em flagrante; dos laudos periciais; registros fotográficos; relatórios; além dos depoimentos testemunhais, que apontaram a captura involuntária e manutenção de vários homens em internação compulsória em clínica de recuperação para dependentes químicos, cuja ‘captura’ ou ‘resgate’ se dava mediante uso de arma de fogo, além de terem sido submetidos a tortura mediante castigo físico, mental e psicológico, bem como de maus-tratos e privação de condições básicas de higiene, medicação e alimentação”, diz a sentença.

MaisPB

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MPPB

Paraíba registrou 27 mortes maternas em 2024: Ministério Público intensifica fiscalização

Em 2024, a Paraíba registrou 27 mortes maternas, conforme dados analisados pelo Comitê Estadual de Prevenção de Morte Materna e Infantil (CEPMMI). Este número gerou preocupações e levou o Centro de Apoio Operacional (CAO) da Saúde do Ministério Público da Paraíba a tomar medidas para intensificar a fiscalização sobre as condições de atendimento às gestantes no estado.

A coordenadora do CAO Saúde, promotora Fabiana Lobo, afirmou que as mortes foram atribuídas, em grande parte, a falhas no funcionamento da rede de saúde, tanto na atenção primária quanto na atenção hospitalar. Problemas como a falta de busca ativa de gestantes, a não utilização de protocolos médicos essenciais, como os de hemorragia pós-parto e tromboembolismo pulmonar (TEP), e a alta precoce das gestantes são apontados como fatores que contribuíram para os óbitos.

Diante dessa realidade, o Ministério Público encaminhou aos promotores de Justiça modelos de atuação para fiscalizar e acompanhar medidas preventivas. Os modelos incluem portarias de instauração de inquérito civil público, recomendações e ações civis públicas. O objetivo é exigir que os municípios adotem ações efetivas, como a busca ativa das gestantes, a classificação de risco gestacional, e a oferta de insumos e medicamentos necessários para a assistência adequada no pré-natal.

Essas medidas fazem parte de um esforço do Ministério Público para garantir que os serviços de saúde no estado cumpram protocolos que assegurem a assistência contínua às gestantes e, assim, reduzir o número de mortes maternas no estado.

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