Covid-19

Paraíba confirma primeiros casos da subvariante XEC da Covid-19

A Secretaria de Saúde da Paraíba confirmou a presença da subvariante XEC do coronavírus no estado. A identificação ocorreu em duas amostras oriundas de João Pessoa analisadas pelo LACEN-PB. A informação consta no boletim de vigilância laboratorial dessa sexta-feira (27).

A XEC, classificada pela OMS como uma Variante Sob Monitoramento (VUM), pertence à linhagem Ômicron e apresenta mutações que podem aumentar sua transmissibilidade, sem evidências de maior gravidade. Casos semelhantes já foram registrados em outros estados, como São Paulo, Santa Catarina Rio de Janeiro e Ceará.

A Secretaria reforça a importância de manter a vacinação em dia e de buscar atendimento médico ao surgirem sintomas. “Cuidados como testagem, uso de máscaras em locais fechados e higienização das mãos continuam essenciais”, disse a secretaria em comunicado.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Economia

Governo vai impedir que vendas no Pix tenham valor adicional, anuncia Haddad

 

“Uma medida provisória que reforça os princípios de gratuidade do uso do Pix e das cláusulas de sigilo bancário”, afirmou o Ministro da Fazenda.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Após repercussão negativa, Governo Lula recua e vai revogar monitoramento do Pix

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (15/1) que o ato normativo da Receita sobre o monitoramento das movimentações por Pix será revogado. A norma vinha sendo pesadamente criticada pela oposição e está causando muito desgaste ao governo Lula.

Entenda a situação do Pix:

  • O Pix é o sistema de pagamentos contínuo e em tempo real do Banco Central (BC), em funcionamento desde novembro de 2020.
  • Pelo ato que agora será derrubado, transações desse tipo que somassem pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas (as empresas) seriam informadas à Receita.
  • Segundo o Fisco, as sempre foram as mesmas, sendo apenas incluído o novo sistema de pagamentos.
  • Apesar disso, o governo federal tem sido acusado de fechar o cerco à classe média, enquanto a Fazenda alega que a medida é direcionada aos grandes sonegadores.
  • Oposição, com destaque para o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), tem criticado fortemente a medida, que agora cai.

A normativa da Receita sobre o Pix passou a valer no início de janeiro. Apesar de o governo alegar que o objetivo era coibir grandes sonegadores, formou-se na opinião pública a noção de que as mudanças fechariam o cerco sobre trabalhadores informais, obrigando-os a pagar Imposto de Renda sobre suas movimentações.

Em entrevista coletiva convocada para a tarde desta quarta, Haddad criticou o que chamou de fake news em torno do tema e disse que o presidente Lula (PT) vai editar uma Medida Provisória que “garante a não tributação do Pix, e o sigilo [bancário] na forma da legislação aplicada”.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Paraíba

Após incêndio atingir quatro barracas, prefeitura de João Pessoa anuncia reforma do Mercado Central

A Prefeitura de João Pessoa anunciou, na tarde desta quarta-feira (15) que o Mercado Central passará por uma ampla reforma. Por volta da 13h, quatro barracas do local foram atingidas por um incêndio. Não houve feridos. Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) informou que vai aguardar o laudo técnico do Corpo de Bombeiros para detectar as causas do incidente. Sobre a necessária reforma, modernização e ampliação do Mercado Central, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) revelou que uma licitação foi realizada no último dia 30 de dezembro, estando em fase de recurso. A expectativa é que as obras se iniciem no primeiro trimestre deste ano. BG com Portal Correio

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Estatais gastaram até R$ 83,45 milhões com G-20 e ‘Janjapalooza’, mostram documentos

Ao vivo: Janja participa do Aliança Global Festival, no Rio

Empresas estatais brasileiras pagaram até R$ 83,45 milhões para a realização da cúpula do G20 e do festival com show de artistas que ficou conhecido como “Janjapalooza”. As informações estão no acordo de cooperação internacional firmado pelo Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal (Caixa), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), que organizou o G-20.

Janja na abertura do G20 Social no Museu do Amanhã, no centro do Rio de Janeiro, em novembro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Pelo acordo, cada uma dessas quatro estatais se comprometeu a destinar até R$ 18,5 milhões para o evento, totalizando R$ 74 milhões. O BNDES informou que só apoiou o evento e não destinou nenhum recurso para o festival. A Petrobras afirmou não ter custeado o valor cheio, tendo pago R$ 12,95 milhões. Como mostrou o Estadão, a Itaipu Binacional, que não é parte deste acordo, doou mais R$ 15 milhões, atingindo o total de R$ 83,45 milhões.

Ao responder a um requerimento de informações (RIC) da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e de outros congressistas de oposição, o Ministério da Cultura (MinC) disse que o valor investido foi de R$ 77,3 milhões. Os recursos teriam origem nas estatais e na Prefeitura do Rio de Janeiro, segundo as informações prestadas pelo MinC. Segundo o governo, não houve apoio de empresas privadas.

Procurados, o BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa, a Petrobras e a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência disseram que o evento seguiu as normas pertinentes e que os gastos totais ainda estão sendo computados pela OEI. A organização também foi procurada, mas não respondeu (leia mais abaixo). Os documentos sobre o acordo de cooperação internacional foram obtidos pelo Estadão por meio da Lei de Acesso à Informação, através de um pedido direcionado ao BNDES.

Os dirigentes da OEI no Brasil são próximos da primeira-dama, Janja Lula da Silva. No começo de 2023, a entidade chegou a oferecer um cargo para a socióloga paranaense, mas as tratativas não foram adiante. Janja se envolveu na organização do G-20 e na curadoria do festival de música Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, o que levou o evento a ser apelidado de “Janjapalooza”. Durante as atividades do G-20, uma pessoa da plateia chamou o festival pelo apelido, o que irritou a primeira-dama.

Trecho do acordo entre a OEI e as empresas estatais para financiamento do G-20

Trecho do acordo entre a OEI e as empresas estatais para financiamento do G-20 Foto: SIC BNDES / Reprodução

“Para fins de execução do objeto (a realização do evento), a Petrobras, a CEF, o BNDES e o Banco do Brasil, se comprometem a realizar, cada uma delas, o repasse de até R$ 18.500.000,00 (dezoito milhões e quinhentos mil reais) em favor da OEI, totalizando o montante de até 74.000.000,00 (setenta e quatro milhões de reais)”, diz um trecho do acordo.

O conjunto de documentos obtidos pelo Estadão inclui um orçamento preliminar com a previsão de gastos dos R$ 74 milhões a serem doados por BNDES, Caixa, BB e Petrobras. Só com o “Janjapalooza” estavam previstos gastos de R$ 28,3 milhões. Outros R$ 27,2 milhões seriam gastos com a cúpula do G-20 Social, uma reunião de movimentos sociais realizada pouco antes do evento principal.

A reunião de chefes de Estado, razão de ser do encontro no Rio, custaria menos da metade dos outros dois eventos: cerca de R$ 13 milhões.

Os documentos detalham o orçamento do “Janjapalooza”: o gasto descrito como “jurídico / administrativo” soma R$ 543 mil, bem mais que as passagens aéreas (R$ 248 mil) e as hospedagens dos convidados (R$ 188 mil). Os maiores gastos orçados são com “cenografia / infraestruturas” (R$ 7,9 milhões), e com “locação de equipamentos” (R$5,1 milhões).

Há ainda a cobrança de uma “taxa de administração” da OEI de 8% sobre o valor pago pelas empresas estatais. Segundo a estimativa, o festival em si – G-20 Social, o festival de música e a cúpula de líderes – custariam R$ 68,5 milhões. Já a taxa de administração da OEI poderia chegar a até R$ 5,4 milhões, totalizando os R$ 74 milhões a serem doados por Caixa, Banco do Brasil, BNDES e Petrobras.

Trecho do orçamento preliminar apresentado pela OEI para o G-20. A primeira coluna diz respeito à reunião do G-20 Social; a segunda, ao festival 'Janjapalooza', e a última, à reunião de chefes de Estado

Trecho do orçamento preliminar apresentado pela OEI para o G-20. A primeira coluna diz respeito à reunião do G-20 Social; a segunda, ao festival ‘Janjapalooza’, e a última, à reunião de chefes de Estado Foto: SIC BNDES / Reprodução

Em outro trecho do documento há uma “conciliação de contas parcial”. Neste documento, as informações sobre o “Janjapalooza” estão em branco. Questionado pelo Estadão, o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) do BNDES informou que os dados estão em branco porque não teria havido emprego de recursos no festival. Já a estatal Itaipu destinou dinheiro para o evento cultural paralelo à reunião de cúpula.

Tanto no caso do G-20 Social quanto da reunião de líderes, os valores da prestação de contas parcial ficaram próximos do orçamento inicial. Neste novo documento, o G-20 Social aparece com custos previstos de R$ 29,6 milhões, e total “liquidado/pago” de R$ 26,8 milhões (pouco menos que os R$ 27,2 milhões do orçamento inicial). Já a cúpula de líderes saiu de R$ 13 milhões na previsão inicial para R$ 11,6 milhões efetivamente pagos.

Em novembro, o Estadão trouxe as primeiras informações sobre o patrocínio das estatais para o “Janjapalooza” e o G-20 – à época, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica se recusaram a informar quanto tinham aportado para o evento. O assunto virou alvo de congressistas de oposição, e o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu investigação com base em pedidos dos deputados federais Sanderson (PL-RS) e Gustavo Gayer (PL-GO).

Prestação de contas parcial do evento G-20. A coluna do meio, sobre o 'Janjapalooza', está vazia

Prestação de contas parcial do evento G-20. A coluna do meio, sobre o ‘Janjapalooza’, está vazia Foto: SIC BNDES / Reprodução

À época, o Ministério da Cultura disse que os artistas que se apresentaram no evento receberam cachês simbólicos e que os gastos seriam divulgados posteriormente – sem dar prazo. O evento se estendeu por três dias e recebeu dezenas de artistas de renome nacional, como Alceu Valença, Zeca Pagodinho e Ney Matogrosso. A entrada foi gratuita.

Durante a reunião do G-20, a primeira-dama Janja Lula da Silva se irritou com uma pessoa da plateia que usou o termo “Janjapalooza”. “Não, filha. É Aliança Global contra a Fome a Pobreza. Vamos ver se consegue entender a mensagem, tá?”, disse ela.

O que dizem o governo e as estatais

Ao Estadão, o BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa e a Petrobras disseram que o pagamento à OEI se justifica pela importância do evento. Com exceção da Petrobras, as outras empresas não disseram se pagaram o valor cheio de R$ 18,5 milhões, ou menos que isso. Já a Secom da Presidência da República disse que o evento foi feito de acordo com o decreto de 2024 que regulamenta este tipo de parceria internacional, e que os custos ainda estão em apuração.

Como mostrou o Estadão, a Petrobras disse, em novembro, ter pago o valor completo, de R$ 18,5 milhões. Agora, em nova nota ao jornal, a estatal disse que o pagamento se limitou à quantia de R$ 12,95 milhões. “O acordo previa aportes de até R$18,5 milhões por parte da companhia, tendo sido realizado o desembolso de R$12,95 milhões para execução das atividades previstas, não havendo mais aporte a realizar”, disse a Petrobras, em nota.

“De acordo com a prestação de contas parcial apresentada pela OEI, o montante de R$12,95 milhões foi integralmente destinado à Cúpula de Líderes e à Cúpula Social. Não houve emprego de recursos das cooperantes na execução do Festival da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”, disse a Petrobras. “A participação no Acordo de Cooperação Internacional se deu por afinidades entre a companhia e temas centrais tratados no G-20, como a construção de um planeta mais sustentável”, afirmou a estatal.

A Secom da Presidência da República disse que o acordo com a OEI seguiu o previsto na legislação. “Cabe destacar que como prevê o Acordo de Cooperação Técnica entre as estatais, a prestação de contas tem prazo de 90 dias contados do final das atividades, tendo essas empresas 60 dias para realizar a análise da prestação de contas. Portanto, as informações sobre os custos destinados ao G-20 estão em fase de consolidação, não tendo ainda o total global”, disse a Secom.

Em nota, o BNDES afirmou que o acordo vedava o uso de verbas do banco para o pagamento de cachês. “Alinhado à missão e à estratégia do BNDES, o termo de cooperação contribuiu para a promoção de novos negócios e para a captação de R$ 25,3 bilhões em investimentos para o Brasil (por meio de acordos com CDB, AIIB, CAF e AFD), além de novos compromissos e doações para o Fundo Amazônia”, disse a estatal, em nota.

“Os gastos com recursos do BNDES estão em fase de contabilização final pela OEI, e serão auditados por empresa independente. As informações completas sobre a execução financeira serão publicadas em plataformas de transparência pública, bem como prestadas aos órgãos de controle, após finalização da fase de prestação de contas e auditoria externa”, disse o BNDES.

O Banco do Brasil justificou o pagamento pela “relevância, ineditismo e alcance global do projeto”. “O acordo do BB com a OEI tinha por objeto a cooperação para a preparação, organização e realização de eventos e atividades relacionadas ao G-20. O valor final ainda será calculado, considerando as comprovações a serem apresentadas pela entidade”, disse o banco.

“Durante o G-20, o Banco do Brasil firmou acordos que somam até R$ 4 bilhões em investimentos sustentáveis e participou ativamente das discussões em diferentes temas relacionados ao G-20. A partir da sua expertise, o BB e outras empresas públicas entregaram uma carta com propostas para os chefes de estado que compõem o G-20. No documento, as empresas apresentam 32 contribuições relacionadas à transição energética, à reforma da governança global e ao combate à pobreza e à fome, dentre outras”, disse a empresa.

Por meio da assessoria de imprensa, a Caixa disse que os gastos com o evento ainda estão sendo calculados. “O valor final de desembolso será calculado considerando as prestações de contas apresentadas pela OEI”, disse a CEF, em nota.

“Para a CAIXA, a participação no Acordo de Cooperação Internacional foi uma oportunidade de reforçar seu papel como agente de desenvolvimento socioeconômico no Brasil, além de se posicionar como líder em práticas de desenvolvimento inclusivo, promover o intercâmbio de conhecimentos e fortalecer parcerias com atores globais”, disse a empresa.

Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Política

Bolsonaro reitera convite a Gusttavo Lima para se filiar ao PL, mas desde que cantor concorra ao Senado

Gusttavo Lima entra na mira de Bolsonaro e União Brasil para disputar  Senado e fortalecer cenário político - OJORNALISMOFoto: Reprodução

Diante do “flerte” do cantor Gusttavo Lima com o União Brasil, partido do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez chegar ao sertanejo, na segunda-feira, um aviso de que as portas da legenda bolsonarista seguem abertas à sua filiação, desde que tope ser candidato ao Senado em 2026. O músico, que já declarou vontade de se lançar ao Palácio do Planalto, desmarcou uma reunião que teria com Caiado e com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, para discutir a sua filiação à legenda.

O artista informou a ambos que estará cumprindo agendas em Belo Horizonte e São Paulo nos próximos dias e, por isso, não há previsão para que a conversa seja realizada.

Como mostrou a colunista Bela Megale, o adiamento do encontro com Caiado foi visto como um aceno ao ex-presidente, que em resposta “estendeu o tapete” a Gusttavo Lima.

Neste momento, o sertanejo enfrenta dificuldades para negociar o pleito tanto no União, já que Caiado quer se candidatar à presidência, quanto no PL, onde Bolsonaro diz que será candidato, caso consiga reverter a sua inelegibilidade.

Se isso não for possível, o ex-mandatário já declarou simpatia à possibilidade de ver o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como seu representante.

O secretário-geral do PL, o senador Rogério Marinho (RN), reitera que o convite de Bolsonaro ao cantor sertanejo segue de pé:

— O Gusttavo já teve o convite do Bolsonaro para se filiar ao PL e ser candidato ao Senado. Ele que escolha agora o que vai fazer, mas Bolsonaro o receberia de braços abertos para ser um nome forte no Senado. Não há objeção alguma, o convite está aí — afirma.

Gusttavo Lima manifestou vontade de concorrer à Presidência a menos de dois anos da eleição de 2026, o que gerou interesse de legendas. A ambição de ser presidente o “descolaria” de Bolsonaro, a quem apoiou nas eleições de 2022. No ano passado, o ex-mandatário o convidou para se filiar ao PL para disputar uma vaga ao Senado por Goiás.

Uma pessoa próxima ao cantor contou que ele vinha avaliando a proposta, mas já havia ouvido de Caiado, ainda durante a campanha municipal de 2024, que poderia se filiar ao União Brasil para disputar uma vaga no Senado.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

PSDB confirma fusão e quer Eduardo Leite candidato à presidência em 2026

Foto: Reprodução

O PSDB confirmou que pretende se fundir ou se incorporar a outro partido ainda neste ano. A sigla também afirmou que apoiará a candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, à Presidência da República em 2026.

À CNN, o presidente nacional do partido, Marconi Perillo, afirmou que Leite “tem pretensões à candidatura” e que possui um perfil muito alinhado com as expectativas do partido e do Brasil.

“Eduardo Leite é um político culto, preparado, conciliador e provou resiliência por passar por dois acontecimentos que exigiram muito dele, a pandemia da Covid-19 e as enchentes de 2024”, comentou.

Atualmente, o gaúcho é um dos três governadores tucanos com mandato no país. Desde as eleições de 2022, Leite despontou em pesquisas como um possível candidato da “terceira via” frente à polarização, na época, de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O político chegou a renunciar do cargo meses antes para concorrer ao Executivo nacional, mas, por imbróglios da sigla, desistiu. Assim, concorreu mais uma vez ao governo do Rio Grande do Sul e conquistou a reeleição — a primeira na história do estado desde a redemocratização.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Paraíba

(VÍDEO) Com fortes chuvas, Sousa tem alagamentos em ruas e muro de hospital cai

 

As chuvas fortes registradas nos últimos dias no interior da Paraíba, especialmente no sertão, têm causado transtorno aos moradores. Nesta terça-feira (14), na cidade de Souza, o muro do Hospital Regional do município desabou com a força da água e a unidade hospitalar ficou alagada.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram a água invadindo o hospital e outros estabelecimentos. Em nota, Hospital Regional de Souza disse que a situação foi controlada e não causou interrupção nos atendimentos. “A unidade hospitalar segue em funcionamento, com sua estrutura preservada, e atendendo normalmente a população”, diz o comunicado.

Previsão de chuvas

Souza e outras 61 cidades do sertão da Paraíba estão sob alerta de chuvas intensas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para essas cidades, são previstas chuvas com ventos de até 100 km/h. O alerta do Inmet é válido até as 10h desta quarta-feira (15).

Veja lista de cidades sob perigo de chuvas com ventos de até 100 km/h:

  • Água Branca
  • Aguiar
  • Aparecida
  • Bernardino Batista
  • Boa Ventura
  • Bom Jesus
  • Bom Sucesso
  • Bonito de Santa Fé
  • Brejo dos Santos
  • Cachoeira dos Índios
  • Cajazeiras
  • Cajazeirinhas
  • Carrapateira
  • Catingueira
  • Conceição
  • Condado
  • Coremas
  • Curral Velho
  • Diamante
  • Emas
  • Ibiara
  • Igaracy
  • Imaculada
  • Itaporanga
  • Jericó
  • Joca Claudino
  • Juru
  • Lagoa
  • Lastro
  • Manaíra
  • Marizópolis
  • Mato Grosso
  • Monte Horebe
  • Nazarezinho
  • Nova Olinda
  • Olho d’Água
  • Paulista
  • Pedra Branca
  • Piancó
  • Poço Dantas
  • Poço de José de Moura
  • Pombal
  • Princesa Isabel
  • Santa Cruz
  • Santa Helena
  • Santa Inês
  • Santana de Mangueira
  • Santana dos Garrotes
  • São Bentinho
  • São Domingos
  • São Francisco
  • São João do Rio do Peixe
  • São José da Lagoa Tapada
  • São José de Caiana
  • São José de Piranhas
  • São José de Princesa
  • Serra Grande
  • Sousa
  • Tavares
  • Triunfo
  • Uiraúna
  • Vieirópolis

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Polêmica

Servidores da UFCG, UFPB e IFPB receberam R$ 10 milhões pagos indevidamente, diz CGU

 CGU aponta R$ 10 milhões em pagamentos indevidos a servidores na UFCG, UFPB e IFPB na pandemia
Foto: Kleide Teixeira. Kleide_Teixeira

Uma auditoria feita pela Controladoria Geral da União (CGU) identificou indícios de pagamentos indevidos a servidores das instituições federais de ensino da Paraíba durante a pandemia da Covid-19. Conforme o documento que o Blog teve acesso, a UFPB, UFCG e o IFPB juntos teriam pago mais de R$ 10,7 milhões em auxílio transporte e adicionais noturno, de insalubridade e periculosidade sem justificativa.

Os pagamentos sob suspeita ocorreram entre março de 2020 e fevereiro de 2022.

Nesse período, contudo, por conta da pandemia, a maior parte dos servidores trabalhava de forma remota e instruções normativas impediam o pagamento desses adicionais – exceto para aqueles servidores que estavam trabalhando diretamente no enfrentamento da Covid, como médicos e enfermeiros, por exemplo.

Esses grupos, porém, não foram considerados como sem justificativa pelas equipes da CGU.

Realizada a auditoria, a CGU tem recomendado às instituições a cobrança e o ressarcimento ao erário dos valores pagos indevidamente.

“Caso verifique situações de exercício de trabalho presencial e que, por essa razão, os servidores/colaboradores fizeram jus à percepção do adicional/auxílio, a lista nominal (nome, matrícula, CPF) deve ser formalmente encaminhada à CGU, com as devidas comprovações (folha de ponto ou declaração da chefia imediata da permanência do exercício das atividades em regime presencial)”, relata o documento.

O relatório foi concluído no fim do ano passado. Nele os auditores alertam os gestores das instituições para o risco de prescrição e a probabilidade de dano ao patrimônio público.

“Observar que o prazo prescricional se extingue no decorrer do ano de 2025, especificamente a partir de março, para os valores pagos em 2020, e que a falta de providências tempestivas para a reparação do dano ao erário, poderá acarretar responsabilização a quem der causa”, avalia a CGU.

 CGU aponta R$ 10 milhões em pagamentos indevidos a servidores na UFCG, UFPB e IFPB na pandemia
CGU

Os pagamentos na UFPB

Na Universidade Federal da Paraíba os auditores identificaram o maior volume de pagamentos, possivelmente indevidos. Conforme o relatório, foram encontrados um total de 2.687 casos de pagamento não justificados, no montante de R$ 7.397.619,52.

“Dessa forma, verificou-se que não foi apresentada justificativa nem devolução ao erário do montante de R$ 7.397.619,52, ou seja, de 44,44% dos valores pagos pela UFPB relativos a todos os benefícios examinados (auxílio transporte, adicional noturno e adicionais de insalubridade e periculosidade)”, dizem os auditores.

Ainda conforme a CGU, “em mais de quatro anos (do início da pandemia até o encerramento dos exames da presente auditoria), a UFPB promoveu a reposição de R$ 24.370,19, o que representa 0,15% de todo o valor pago a seus servidores no período da pandemia referente aos adicionais e auxílio analisados”.

Em nota, a atual Reitoria da UFPB (que tomou posse em novembro de 2024) afirmou que está “ciente e adotando todas as recomendações” da CGU.

“Reafirmamos o nosso compromisso de concluir os procedimentos de reposição ao erário no prazo estabelecido no citado Relatório, observando rigorosamente os princípios administrativos e constitucionais, em especial o contraditório e a ampla defesa”, conclui a nota.

 CGU aponta R$ 10 milhões em pagamentos indevidos a servidores na UFCG, UFPB e IFPB na pandemia
Inscrições devem ser feitas presencialmente no Centro de Formação de Professores da UFCG em Cajazeiras..

Achados na UFCG

No caso da Universidade Federal de Campina Grande, a auditoria aponta que foram identificados pagamentos sem justificativa que somam R$ 3.344.129,13, sendo a maior parte dos valores destinada a adicionais ocupacionais.

“Assim, conclui-se que, até o presente momento, os gestores da UFCG não agiram de forma tempestiva e efetiva tanto na comprovação do exercício de atividade presencial dos profissionais, quanto no ressarcimento dos possíveis valores pagos indevidamente, o que poderá inviabilizar a devida restituição, haja vista a iminência da prescrição no decorrer do ano de 2025, mais especificamente a partir de março”, diz o relatório.

Ao Blog, a UFCG informou através de sua assessoria que todas as providências “já foram tomadas, conforme recomendado pela CGU”. De acordo com a universidade, os servidores já foram notificados.

“Os que já autorizaram, já descontamos. E os que entraram com recurso estão em análise”, informou a assessoria da instituição.

O que diz a CGU sobre o IFPB

A análise da auditoria também identificou pagamentos no período realizados a servidores do Instituto Federal da Paraíba (IFPB). O documento ressalta, todavia, que a instituição já adotou medidas para resolver a questão; restando um percentual bem menor a ser ressarcido que nas demais entidades.

“Mesmo com a adoção das providências indicadas pela UA, ainda foram identificados 779 casos de pagamento relacionados aos adicionais e auxílio analisados, no montante de R$ 2.029.283,58. Da análise das informações apresentadas, verificou-se ausência de justificativa para o pagamento de R$ 43.765,60, o equivalente a 2,15% do total pago, enquanto R$ 283.159,88 foram devolvidos aos cofres públicos”, diz o documento.

Em nota enviada ao Blog, o IFPB afirmou que “foi feito o levantamento de cada caso sobre a situação e a legalidade de cada pagamento e nos casos passíveis de devolução, foi realizada a notificação ao servidor e a devida reposição ao erário”.

“Ressalta-se que o IFPB realizou as ações necessárias para reposição ao erário da maioria do montante, tendo justificado e reposto 97,84% dos valores. O valor restante, cerca de 2% do total, está sendo objeto de tratativas para a verificação da legalidade e posterior reposição ao erário, conforme cada caso”, complementa a nota.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Economia

Com receio, pequenos empresários começam a fugir do Pix

Foto: Rafael Corrieri | Poder 360

A polêmica continua. Mesmo após duas semanas da Receita Federal ter anunciado que passaria a monitorar contas pessoa física que movimente mais de R$ 5 mil por mês via Pix, as preocupações da população continuam.

Lembrando… A Receita anunciou que ela iria passar a exigir de bancos e instituições financeiras dados das transações com mais detalhe para “identificar irregularidades e dar efetividade ao cumprimento das leis tributárias”.

Mensalmente, milhares de brasileiros movimentam quantias que julgam pequenas ou irrelevantes para a Receita Federal via Pix, sem qualquer lastro. Isso inclui desde pequenos comerciantes até autônomos, como médicos, dentistas, personal etc.

A grande questão nisso tudo (que virou debate) :

Esses pequenos comerciantes, empresários e autônomos recebem suas rendas via Pix e não declaram isso no momento do Imposto de Renda.

As pessoas desse grupo que tem renda acima do teto da faixa de isenção do IR, ou seja, que não seriam isentas do IR, provavelmente podem passar a precisar declarar — ou podem ser pegas pela malha fina.

Mas tem um ponto peculiar aqui: Muitas pessoas movimentam mais que R$ 5 mil/mês, mas tem uma renda (lucro), na realidade, bem menor. É o caso de um comerciante que movimenta R$ 7 mil/mês, mas R$ 2 mil são comprando de fornecedores e R$ 5 mil vendendo. No fim, sua renda é R$ 3 mil e não R$ 7 mil.

Essa possível taxação fora da lei foi uma das principais críticas da direita (oposição) à medida.

No entanto, o Fisco se pronunciou e disse ter noção que a receita de um autônomo não é o seu lucro final e que atualmente já monitora a diferença entre receitas e custos para chegar na renda efetiva.

Enquanto isso, a esquerda aponta que, diferente das acusações da oposição, o objetivo da Receita não é prejudicar pequenos empresários, mas “pegar” grandes sonegadores de impostos que usam o Pix para driblar os impostos e até lavar dinheiro. O secretário da Receita reforçou esse ponto.

Enquanto isso, nesse cabo-de-guerra político, a direita aponta que o monitoramento e essa “quebra do sigilo bancário” pode virar o primeiro possível passo para, em breve, o governo incluir uma taxação. O governo tem reforçado que o Pix não será taxado.
Bom, fato é que…

Além de muitas dúvidas nas redes sociais, já há relatos de comerciantes e freelancers aplicando mudanças para desestimular o uso do Pix, como uma taxa extra pelo pagamento por Pix ou um desconto por pagar com dinheiro em espécie.

No fim das contas, com todo o barulho em torno da pauta, o governo está começando a fazer uma campanha em peso para tentar contornar as críticas e acusações.

Inclusive, uma parte do PT tem perdido a paciência com Fernando Haddad, Ministro da Fazenda — pasta em que fica a Receita Federal —, pela forma que comunicou a novidade, abrindo muito margem para dúvidas e críticas.

The News

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Brasil

Governadores criticam vetos de Lula em negociação de dívidas e ameaçam não aderir a programa

Pedro Ladeira – 27.nov.24/Folhapress

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de vetar trechos do projeto de renegociação das dívidas dos estados frustrou expectativas de governadores e pode dificultar a adesão de parte dos entes mais endividados, segundo interlocutores dessas administrações ouvidos pela Folha.

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão entre os que avaliam não aderir ao chamado Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), pois consideram que as regras sancionadas por Lula são prejudiciais no curto prazo. Minas Gerais também pode sair perdendo no começo, mas ainda avalia aderir de olho em benefícios de longo prazo.

São Paulo, detentor da maior dívida com a União, paga suas prestações em dia, sem descontos ou alívios temporários, e se beneficiaria da redução dos encargos futuros da dívida.

O prazo para os estados aderirem ao Propag vai até 31 de dezembro deste ano. Uma mudança de termos ocorreria com a derrubada de vetos pelo Congresso.

Representantes dos demais estados criticam o governo federal por uma decisão que, na avaliação deles, pode ter privilegiado o estado comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), adversário político de Lula e potencial candidato à Presidência da República. Outros interlocutores, porém, afirmam que um dos vetos pode ter reduzido a atratividade do programa para o governo paulista. A Secretaria de Fazenda de São Paulo não respondeu questionamentos da reportagem até a publicação deste texto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a decisão do governo. “É preciso notar que o esforço do governo federal foi bem grande para corrigir problemas e, se eu fosse um governador de oposição, daria um telefonema agradecendo.”

Dois vetos são considerados os mais críticos pelos estados. Um deles afeta estados que hoje estão no RRF (Regime de Recuperação Fiscal), programa de socorro criado em 2017 para entes em grave situação financeira. Lula derrubou a possibilidade de os estados que aderirem ao Propag continuarem tendo apoio da União para honrar dívidas com instituições financeiras e organismos multilaterais.

Hoje, o governo federal paga as prestações desses contratos e incorpora o valor ao estoque da dívida com a União, livrando os estados de um desembolso imediato. O Legislativo chegou a prever a manutenção dessa blindagem no texto do Propag, mas o trecho foi vetado por Lula sob recomendação da equipe econômica.

O segundo veto mais crítico derrubou a possibilidade de usar o FNDR (Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional), criado na reforma tributária, para abater parte da dívida com a União.

O FNDR vai receber repasses bilionários do governo federal a partir de 2029, que serão usados pelos estados para promover incentivos à atividade produtiva em regiões menos desenvolvidas. O texto autorizava a entrega dos direitos sobre esses valores futuros para deduzir parte do saldo devedor e obter o desconto máximo nos encargos da dívida.

O governo federal considerou o artigo inconstitucional, mas entre secretários estaduais há desconfiança de que o veto buscou minimizar as vantagens para São Paulo, que possivelmente usaria o dispositivo para acessar o programa e obter um alívio de caixa bilionário.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse em sua conta no X (ex-Twitter) que recebeu a notícia dos vetos com “extrema preocupação e indignação”.

“Os vetos trazem um prejuízo inaceitável para o povo gaúcho, gerando uma perda de cerca de R$ 5 bilhões dos valores que deveriam ficar aqui para investimentos na reconstrução após as enchentes”, disse.

Segundo ele, ao aderir ao Propag, o governo gaúcho precisaria retomar repasses de valores para um fundo criado para compensar estados em melhor situação fiscal, apesar de outra lei ter suspendido por três anos a cobrança da dívida do RS com a União devido à calamidade provocada pelas enchentes.

“Já estamos em diálogo com a nossa bancada federal para encaminhar toda a articulação possível buscando a derrubada no Congresso desses vetos, que representam um descumprimento inaceitável dos compromissos assumidos durante a tramitação do projeto de lei”, afirmou Leite.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também criticou a decisão de Lula. Segundo ele, os vetos impõem uma fatura adicional de R$ 5 bilhões entre 2025 e 2026 para o pagamento da dívida. “É dinheiro para sustentar privilégios e mordomias. Enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência”, disse, também no X.

Simulações feitas pelo estado indicam que, só neste ano, Minas Gerais precisaria arcar com R$ 1 bilhão a mais no serviço da dívida em relação à parcela vigente no RRF. Na comparação com a versão do projeto sem os vetos presidenciais, a perda é de R$ 3,2 bilhões.

Mesmo assim, interlocutores afirmam que Minas ainda avalia aderir de olho nos benefícios de longo prazo. Simulações da Fazenda estadual indicam um alívio potencial de até R$ 288 bilhões em 30 anos, já considerando o abatimento de 20% do estoque original da dívida a partir da entrega de ativos à União. Em vez de pagar R$ 581,2 bilhões ao longo de três décadas, o governo mineiro quitaria sua dívida mediante o desembolso de R$ 293,6 bilhões no período.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), falou em “duro golpe”, disse que o veto ao uso do FNDR “mata o programa” e acusou o governo federal de “falta de compromisso com o diálogo institucional”.

Essa negociação, na qual técnicos do governo federal participaram ativamente e que motivou a aprovação unânime das duas casas legislativas, mostra a falta de palavra e compromisso republicano que permeiam esses vetos”, afirmou o governador. Segundo ele, o federalismo “foi golpeado pelas costas”.

A reportagem questionou a Secretaria de Fazenda de São Paulo sobre a atratividade do programa para o estado, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

A Folha apurou que os três estados (RJ, RS e MG) tentaram articular um comunicado conjunto com São Paulo para criticar os vetos ao Propag, mas não houve endosso do governo paulista.

Se os vetos desagradaram aos estados em maiores dificuldades, trechos sancionados também geraram incômodo na equipe econômica do governo Lula.

Após as críticas dos governadores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que patrocinou o projeto de renegociação, disse em nota que “o momento é de agradecer ao presidente Lula pela sanção do Propag e aproveitar a oportunidade que os estados terão para equacionar um problema histórico”.

No comunicado, ele listou os benefícios do programa, como a redução dos juros da dívida. “Isso é bastante significativo e precisa ser reconhecido.”

Como mostrou a Folha, o presidente manteve o trecho da lei que permite federalizar empresas estatais para abater parte do saldo devedor, contrariando a recomendação inicial da equipe econômica, que defendeu o veto devido ao potencial impacto nas contas.

Este é um dos pilares da proposta articulada por Pacheco, que defende a federalização da Cemig e outras estatais de Minas Gerais —estado pelo qual ele foi eleito e que é um dos mais endividados.

A manutenção deste trecho foi costurada após uma reunião dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) com o próprio Pacheco nesta segunda-feira (13). Também estava presente o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), aliado do atual presidente do Senado e favorito para sucedê-lo no comando da Casa a partir de fevereiro.

O apoio de Alcolumbre e outros senadores influentes à bandeira de Pacheco foi decisiva para que o governo abandonasse a ideia de vetar o artigo da federalização. A leitura é que o desgaste político poderia respingar posteriormente em outros itens da pauta econômica no Congresso.

Na equipe econômica, a aposta é que nenhum processo avance no curto prazo. Eventual operação dependerá de uma série de etapas, que incluem autorização, avaliação do valor da empresa, aprovação das leis e compatibilização do Orçamento para absorver o impacto primário.

Outra ala do governo, porém, discorda e entende que a sanção do trecho deixa o Executivo vulnerável caso algum estado recorra ao Judiciário para tentar forçar a concretização de alguma federalização. O STF (Supremo Tribunal Federal) tem um histórico de aceitação de pleitos dos governos estaduais.

Folha de São Paulo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.