A defesa da vereadora de João Pessoa, Raíssa Lacerda, desmentiu rumores de que a parlamentar teria desistido de sua candidatura à reeleição. Segundo os advogados da vereadora, ela segue postulando sua candidatura e aguarda uma decisão judicial que pode resultar em sua transferência para um presídio especial, devido a sérios problemas de saúde e por ser detentora de nível superior.
Raíssa, que foi presa no dia 19 de setembro durante a segunda fase da Operação Território Livre, está sob prisão preventiva. A operação da Polícia Federal investiga um esquema de aliciamento violento de eleitores, no qual Raíssa é suspeita de envolvimento, sendo apontada como líder da organização. Sua prisão ocorreu antes do período em que candidatos não podem ser presos, salvo em flagrante delito.
O advogado Johnson Abrantes, que representa a vereadora, apresentou um pedido à Justiça Eleitoral solicitando detalhes sobre as condições de sua detenção. O documento questiona o local e as condições da cela em que Raíssa está recolhida, se ela tem direito a banho de sol e se está sendo mantida em um espaço adequado para prisão especial.
De acordo com a defesa, a vereadora tem problemas de saúde que justificam sua transferência para um presídio especial. “Os advogados estão aguardando a resposta do documento para que se possa adotar outras alternativas sobre o assunto”, afirmou Johnson Abrantes.
A Operação Território Livre, que resultou na prisão de Raíssa, também levou à detenção de outras três mulheres suspeitas de envolvimento no esquema de coação eleitoral. Uma delas, Kaline Neres, é apontada como articuladora de Raíssa no bairro Alto do Mateus, com supostas ligações com facções criminosas.
Apesar da prisão, Raíssa Lacerda continua no processo eleitoral, mantendo sua candidatura à reeleição para a Câmara Municipal de João Pessoa.
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