A Polícia Federal abriu procedimento para monitorar a atividade de sites que cobram taxas de até R$ 149 para intermediar a obtenção de passaporte. Só que o documento pode ser solicitado diretamente no site da PF sem a necessidade de intermediários e pagamentos extras.
Os sites dizem que prestam “consultoria”. Mas, na verdade, só o que fazem é pegar os dados da pessoa e preencher no site da PF, que é o lugar certo.
A PF recebeu queixas de pessoas que fizeram Pix para essas empresas pensando que estavam pagando o valor do passaporte para a PF. Depois, foram surpreendidas com a cobrança oficial, de R$ 257,25 — que seria o único valor que alguém precisa pagar.
Procurada, a PF afirmou em nota que, “caso sejam identificadas práticas ilícitas, tomará as medidas cabíveis para investigar e responsabilizar os envolvidos”. A instituição também pede à população que evite intermediários.
“A Polícia Federal informa que monitora a atuação dessas empresas e orienta os cidadãos a utilizarem exclusivamente os canais oficiais da instituição para agendamentos e pagamento de taxas relacionadas à emissão de passaportes, evitando intermediários”, diz a nota.
Além da taxa, os sites recebem dados pessoais e documentos das pessoas que os utilizam.
As pessoas chegam a esses intermediários por meio do Google, quando buscam por “tirar passaporte” ou “agendar passaporte”. O Google tem listado esses sites patrocinados no topo dos resultados.
Os sites governamentais (gov.br), que permitem solicitar o passaporte sem “atravessadores”, têm aparecido abaixo nas buscas.
“Digitando no Google a frase ‘agendar passaporte’, a pesquisa retorna tendo como primeira opção um site PATROCINADO, de uma empresa que presta serviço de ‘despachante’”, diz trecho do procedimento aberto pela Divisão de Passaportes da Polícia Federal (DPAS), em Brasília.
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