Foto: Reprodução
As lojas Americanas demitiram 950 funcionários temporários durante a semana do Ano Novo. O número de demissões está em conformidade com o período anterior à recuperação judicial, de acordo com a empresa. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou, ontem, uma lista de companhias abertas em atraso na entrega de documentos à autarquia, incluindo a Americanas e a Coteminas.
Conforme a CVM, essas empresas estão inadimplentes por não terem enviado, por pelo menos três meses, pelo menos um dos documentos periódicos, como as demonstrações financeiras padronizadas (DFP), informações trimestrais (ITR) e o formulário de referência (FRE).
A lista não inclui empresas em situação de falência ou liquidação, nem aquelas com registro suspenso. As empresas mencionadas são:
- Americanas
- Cia. Tecidos Norte de Minas (Coteminas)
- Ammo Varejo (Empresa do grupo Coteminas, proprietária das marcas Mmartan e Artex)
- Springs Global Participações (Empresa do grupo Coteminas)
- Auzza Securitizadora
- Leads Securitizadora
- Rio Alto STL Holding I (Empresa de geração de energia com foco em energia solar)
- Serra Azul Water Park (Dona do parque aquático Wet’nWild).
No comunicado, a CVM alerta os investidores sobre a importância de considerarem essas informações em suas relações com as companhias ou em suas decisões de investimento.
Americanas
Lojas Americanas é uma das maiores redes de varejo do Brasil, com uma presença significativa no setor de comércio eletrônico. A empresa foi fundada em 1929, no Rio de Janeiro, inicialmente como uma loja de departamentos. Ao longo dos anos, a Americanas expandiu sua atuação e diversificou seu portfólio de produtos, tornando-se uma das marcas mais reconhecidas no varejo brasileiro.
A empresa opera em diversos segmentos, oferecendo uma ampla variedade de produtos, incluindo eletrônicos, eletrodomésticos, itens de moda, brinquedos, livros, entre outros. Além das lojas físicas, a Americanas investiu significativamente no comércio eletrônico, mantendo uma forte presença online.
No dia 11 de janeiro, uma informação viraria de ponta-cabeça a história da Americanas, umas das maiores e mais tradicionais varejistas do Brasil. No fim daquele dia, a companhia divulgou ao mercado a descoberta de inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões – um número que aumentaria dias depois para R$ 40 bilhões. O anúncio veio junto da renúncia do então CEO, Sérgio Rial, e do diretor de relações com investidores, André Covre.
O “risco sacado”, ou “forfait”, uma espécie de antecipação de recebíveis, foi apontado como uma das potenciais causas do rombo. A prática, comum no varejo, consiste em pegar financiamento com um banco para compra de material de fornecedores.
BG com R7 e G1
Comente aqui