O Dia de Finados, neste 2 de novembro, resgata memórias felizes, mas, também, possibilita o retorno da dor do luto. Especialistas afirmam que é comum essa condição desencadear uma série de sentimentos, desde a tristeza até a raiva, e pode, ainda, afetar a cognição, gerando na pessoa enlutada confusão e descrença.
A hora de pedir ajuda – Quando a vida de quem ficou começa a girar apenas em torno da morte do ente querido, é hora de pedir ajuda. A pessoa não consegue voltar a fazer suas atividades, não tem mais interesse no que antes gostava, tem dúvidas a respeito de sua própria identidade.
Condições desencadeadas pelo luto:
- No que diz respeito aos sentimentos, é comum que aconteça tristeza, raiva, ansiedade, saudades, culpa, fadiga, alívio, desamparo, solidão, choque;
- Sensações físicas que podem ser esperadas: fraqueza muscular, falta de energia, falta de ar, boca seca, hipersensibilidade a ruídos, estranhamento de si, sensação de nada ser real, aperto no peito e garganta, vazio no estômago;
- Comportamentos comuns: choro, hiperatividade e agitação, suspiros, procurar e chamar pela pessoa que se foi, visitar locais ou carregar objetos que tragam lembranças, apego aos objetos da pessoa que morreu, sonhos, evitação de lembranças, isolamento social, sono e apetite alterados, ausência de pensamentos;
- A cognição também pode sofrer impacto, gerando quadros de alucinações, sensação da presença da pessoa, preocupação, confusão e descrença.
Como demonstrar respeito a uma pessoa em luto:
- Deixe a pessoa chorar o quanto precisar;
- Não diga que ela tem que ser forte, que ele tem que seguir a vida;
- Não fale de como foi quando você perdeu alguém importante, esse é o momento de acolher a dor da outra pessoa;
- Evitar comparações ou julgamentos sobre o tempo que cada um leva na vivência de seu luto;
- Lembre-se: cada perda é única e por isso não existe um jeito certo ou errado de sofrer.
Onde procurar ajuda – Em João Pessoa, a depender do grau de sofrimento gerado pelo luto, pode-se procurar a ajuda de um profissional nas Unidades de Saúde da Família, nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou no Pronto Atendimento em Saúde Mental (Pasm) para atendimento médico e psicológico.
Com PBJá
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