Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decola de Natal (RN) neste domingo (8) com destino a Roma, na Itália, para repatriar os brasileiros que tentam sair da Palestina ou de Israel devido ao conflito iniciado neste final de semana. A expectativa da FAB é que o avião siga da Itália e pouse em Tel Aviv na tarde de segunda-feira (9) ou na terça-feira (10) para a primeira repatriação de brasileiros. Os ataques do grupo terrorista Hamas, neste sábado (7), espalhou uma onda de medo pelo país, elevado com a contra-ofensiva de Israel.
O vice-prefeito de Sousa, no Sertão da Paraíba, Zenildo Oliveira, se encontrava no país no momento dos ataques. Ele participava de uma peregrinação ao lado da mulher, Yohana Silveira. Ambos estavam em Jerusalém e relataram momentos de medo e terror. “Fomos acordados hoje às 6h da manhã com as sirenes de alarme na cidade de Jerusalém. Houve momentos de tensão na cidade. O hotel [onde o casal estava hospedado] não estava permitindo a saída”, disse Zenildo. Ele conseguiu deixar o país logo nas primeiras horas, graças à ajuda do intérprete.
Zenildo informou que o casal estava há cerca de sete dias em Israel, quando, por volta das 6h (horário de Jerusalém), foram acordados por sirenes de alarme de guerra na cidade de Jerusalém, onde estavam hospedados em um hotel da cidade. Os alarmes tocaram por cerca de duas horas seguidas, e, durante esse tempo, o casal tentava sair da cidade para voltar ao Brasil.
Para sair do hotel em Jerusalém, o casal contou com a ajuda de um intérprete que estava junto com o grupo de turistas, o qual o casal de paraibanos fazia parte, e após diálogo entre o intérprete e a direção do hotel foram liberados para sair. Do trajeto entre o hotel e o aeroporto de Jerusalém, Zenildo explica que era possível ver militares nas ruas e o clima de tensão crescer na capital israelita.
“Muito exército nas ruas e bloqueio nas estradas até o aeroporto. Estava proibido qualquer tipo de foto [na cidade]. Era a recomendação para evitar problemas nos bloqueios. Não sabemos se poderia acontecer [revista dos aparelhos celulares], mas era a recomendação dos nossos guias para evitar problemas. Tudo aconteceu muito rápido e só tínhamos uma visão de chegar rápido no aeroporto antes que ele fosse fechado novamente”, explicou Zenildo.
Com G1
Comente aqui