O Conselho de Medicina Federal (CFM) atualizou, nesta terça-feira (12), as regras para que médicos possam fazer publicidade de seus trabalhos em redes sociais. As mudanças incluem a autorização para que médicos possam usar imagens de seus pacientes, desde que seja para fins educativos.
Segundo nota, com essa revisão, o CFM busca garantir que os médicos possam mostrar à população a amplitude de seus serviços, respeitando as regras do mercado e preservando a medicina como atividade essencial.
A nova resolução também autoriza a divulgação dos preços das consultas, a realização de campanhas promocionais, investimentos em negócios não relacionados à área de prescrição do médico, entre outras permissões.
Em relação ao uso de imagens dos pacientes, o novo texto esclarece como essas imagens podem ser usadas. Elas devem ter caráter educativo e estar relacionadas à especialidade registrada do médico.
Além disso, elas devem vir acompanhadas de texto educativo contendo indicações terapêuticas e fatores que possam influenciar negativamente o resultado. É importante destacar que as imagens não podem ser manipuladas ou melhoradas e o paciente não pode ser identificado.
Outro ponto destacado no texto, é que os médicos também poderão repostar os agradecimentos e depoimentos publicados pelos pacientes. No entanto, é importante que esses depoimentos sejam sóbrios, sem adjetivos que denotam superioridade ou promessa de resultados.
Já em relação ao uso de banco de imagens, será necessário citar a origem e respeitar as regras de direitos autorais. Já quando a fotografia for dos próprios arquivos do médico ou do estabelecimento onde atua, será necessário obter autorização do paciente para a publicação.
A nova resolução também permite a captura de imagens por terceiros durante o parto, mas outros procedimentos médicos não podem ser filmados por terceiros.
O relator da resolução e conselheiro federal, Emmanuel Fortes, ressalta que, “com esta resolução, afirmamos que o médico poderá mostrar para a sociedade suas habilidades, mas alguns princípios não podemos abrir mão. A vedação do ensino do ato médico a outros profissionais é um deles”.
Para o Fortes, essa atualização nas regras para a publicidade médica representa uma mudança significativa no sentido da norma. Segundo ele, os médicos terão mais liberdade para mostrar suas habilidades e serviços, mas ressalta que é fundamental agir com responsabilidade e ética.
O Antagonista
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