Brasil

Mais de 10 milhões deixaram pobreza em 2022, aponta estudo

Mulher vasculha lixo no entorno do Maracanã. Brasil ainda tem mais de 70 milhões de pessoas vivendo em situação de pobreza, aponta estudo. — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Mais de 10 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza no país em 2022. Mesmo assim, a maioria da população de nove estados segue na pobreza — ou seja, vive com uma renda mensal de até R$ 665,02.

Estas são as conclusões de um levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), obtido com exclusividade pelo g1 e feito com base em dados de 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. O IJSN é um órgão ligado à Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP) do Espírito Santo.

O levantamento aponta que:

  • a taxa de pobreza brasileira caiu de 38,2% para 33% entre 2021 e 2022, para um nível mais próximo de 2020;
  • mesmo com a queda, o número de pobres no país ainda é alto: são 70,7 milhões de brasileiros vivendo em situações precáriaseram 81,2 milhões em 2021
  • todos os estados do país tiveram queda nas taxas de pobreza no último ano;
  • os estados com as maiores reduções foram Roraima (11,7 pontos percentuais) e Sergipe (9,7 p. p.), mas eles seguem com taxas elevadas, acima de 45%;
  • mesmo com queda, Maranhão segue como o estado com os maiores indicadores: seis a cada dez maranhenses vivem na pobreza.

 

Segundo o estudo, dois fatores principais estão por trás da queda de pobreza em 2022: a melhora do mercado de trabalho e a expansão de programas de transferência de renda, como o Auxílio BrasilO programa foi turbinado no último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando ele disputou e perdeu a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Melhora após recorde de pobreza em 2021

Mesmo com a melhora, os dados apontam que os indicadores continuam elevados de forma geral.

“A taxa de pobreza alcançada em 2022 retornou a um patamar próximo ao observado em 2020, que era de 32,7%”, diz Pablo Lira, doutor em Geografia e Diretor-Presidente do IJSN.

A queda do ano passado fica ainda mais evidente porque 2021 teve a taxa de pobreza mais alta dos últimos 11 anos.

Segundo dados divulgados pelo IBGE no final do ano passado, a pandemia da covid-19 fez disparar a pobreza no Brasil. Com isso, o número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza bateu recorde em 2021 – fato que é confirmado pelos dados da pesquisa do IJSN, como é possível ver no gráfico abaixo.

A pesquisa mostra ainda que o número de brasileiros vivendo na extrema pobreza — ou seja, com até R$ 208,73 por mês — também diminuiu, recuando de 20 milhões em 2021 para 13,7 milhões em 2022. Isso significa que, no ano passado, 6,4% da população vivia nestas condições.

O pico também foi em 2021, com 9,4%. Mas o estudo destaca que, mesmo com a queda em 2022, os números também são considerados altos.

“A taxa de miséria brasileira mais recente é superior aos valores constatados em países como Colômbia (6,6%) e México (3,1%), segundo as estatísticas do Banco Mundial”, diz Lira.

O que está por trás da queda em 2022?

O levantamento destaca que, depois de picos históricos registrados em 2021, as taxas de pobreza e extrema pobreza caíram em 2022 por conta, em parte, da expansão de programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil.

“Em 2022, ano eleitoral, o governo federal buscava implementar o Auxílio Brasil com valor de R$ 400. Esse valor foi elevado para R$ 600 pela atuação do Congresso Nacional, o que contribuiu para diminuir a vulnerabilidade social”, diz Pablo Lira.
O estudo aponta que o alcance do Auxílio Brasil cresceu muito entre 2021 e 2022. Em 2021, 8,6% dos domicílios brasileiros eram de beneficiários do programa; um ano depois, a proporção aumentou para 16,9%.

Segundo anúncio do próprio governo federal em novembro do ano passado, o programa bateu recorde naquele mês ao atingir 21,53 milhões de famílias.

Em dezembro de 2022, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que a quantidade de famílias beneficiadas aumentou de 18 milhões em março de 2022 para 21,1 milhões em outubro – o que foi considerado pelo tribunal um excesso, já que análises estimavam que o número de famílias elegíveis para o programa em 2022 era de 17,62 milhões.

“Ademais, vários governos estaduais e municipais expandiram [programas de transferência de renda] ao longo dos últimos anos. O Espírito Santo é um exemplo disso. O estado conta com o Bolsa Capixaba e outros benefícios que complementam os repasses para pessoas inscritas no CadÚnico”, detalhou Lira.

O pesquisador também diz que, de forma nacional, “foi observada uma melhoria nos indicadores de mercado de trabalho”.

“Uma evidência disso foi o recuo na taxa de desemprego de 13,2% em 2021 para 9,3% em 2022, segundo informações da PNAD/IBGE”, diz Lira.

Políticas públicas e transferência de renda

O pesquisador afirma ainda que, nos últimos anos, o país retornou ao Mapa da Fome da ONU e a questão histórica da miséria voltou a atormentar a vida dos brasileiros.

“É fato que a pobreza e extrema pobreza reduziram em 2022. Entretanto, ainda há um longo caminho para a reconstrução e reestruturação de políticas públicas de assistência social efetivas e com caráter de estado, que perpassem governos. Nesse sentido, será possível consolidar uma tendência de diminuição desses problemas”, diz Lira.

“Por fim, considerando os recentes aprimoramentos proporcionados pela retomada do programa Bolsa Família, bem como levando em conta os efeitos do Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência (BPC-LOAS) e de outras políticas públicas de assistência social nas escalas federal, estadual e municipal, a pobreza e a extrema pobreza provavelmente seguirão em tendência de redução em 2023”, afirma.

g1

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Brasil

Arthur Lira defende proposta para limitar ações no Supremo Tribunal Federal

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer “subir o sarrafo” de quem pode propor ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal, inclusive contra decisões do parlamento. “Temos parlamentares que têm coragem de enfrentar esse tema”, assegurou.

As falas de Lira são de discurso feito, na manhã deste sábado (27), na abertura da 89ª ExpoZebu em Uberaba (MG), organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A mudança nas ADI exigiria aprovação de emenda constitucional, com aprovação de três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49), em dois turnos em cada casa parlamentar.

As ações diretas de inconstitucionalidade estão previstas na Constituição Federal (artigos 102 e 103). Conforme a norma, podem pedir ADI o presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos Deputados; mesas de assembleias legislativas ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; governadores de estado ou do Distrito Federal; o procurador-geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partidos políticos com representação no Congresso Nacional; e confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.

“O que é que adianta um projeto com 400 votos no plenário da Câmara e um parlamentar entra com a ADI e um ministro [do STF] dá uma liminar?”, indagou o presidente da Câmara se referindo à suspensão de decisões tomadas no Congresso. Segundo ele, o STF recebe essas demandas “todos os dias de todos os setores” e as “discussões [jurídicas] nunca findam.”

O presidente da Câmara prometeu até o final do seu mandato, em janeiro de 2025, discutir nova legislação sobre desmatamento ilegal e exploração de minério ilegal no país. “Nós sabemos que existe e fechamos os olhos para não tratar de uma legislação. E quem paga a conta lá fora é o produtor rural indevidamente.”

Reforma tributária
Lira prevê no seu mandato votar a regulamentação da reforma tributária. A tramitação na Câmara dos Deputados não terá relator único. “Nós vamos fazer grupos de trabalho com deputados que não tenham interesses nas áreas que vão ser tratadas para que a gente faça um enxugamento nos 500 artigos”.

Dos 513 deputados, 324 pertencem à Frente Parlamentar da Agropecuária, com membros da base do governo e da oposição. Arthur Lira prometeu que o agronegócio, assim como saúde e educação, terá tratamento “diferenciado” na regulamentação da nova legislação dos tributos.

Diante da plateia ruralista, o presidente da Câmara ainda criticou as manifestações ocorridas no Abril Vermelho, campanha tradicional pró reforma agrária que esse ano promoveu 24 ocupações em 11 estados. “Essa confusão de Abril Vermelho, a gente tem que desestimular que isso aconteça no Brasil. A segurança jurídica no campo é a única coisa que o produtor precisa para produzir, seja na pecuária, seja na agricultura.”

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Política

Câmara reajusta valores, e deputados vão ganhar R$ 842 por dia em viagens a trabalho

Câmara reajusta valores, e deputados vão ganhar R$ 842 por dia em viagens a trabalho

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reajustou em 60% as diárias para as viagens nacionais dos parlamentares. A justificativa para o reajuste do benefício foi a variação da inflação do IPCA de junho de 2015 a março de 2024, já que as diárias não eram alteradas desde 2012.

Os valores variam conforme o cargo, como o presidente da Câmara, deputados federais, servidores e colaboradores. Segundo dados do Portal da Transparência da Casa, os deputados gastaram R$ 1,2 milhão em viagens oficiais de janeiro a abril de 2024.

Com o reajuste, os valores autorizados para despesas do presidente da Câmara aumentaram de R$ 611 para R$ 981, ao passo que para os demais deputados subiram de R$ 524 para R$ 842.

Além disso, está previsto um adicional de R$ 448 para os parlamentares, destinado a cobrir taxas de embarque e desembarque. Esse valor também foi reajustado, já que anteriormente era de R$ 279.

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Polícia

Homem é preso suspeito de fazer criança refém e manter mulher em cárcere privado em João Pessoa

Um homem foi preso suspeito de fazer uma criança refém e manter a mulher em cárcere privado, em João Pessoa. O caso foi descoberto neste domingo (28) após a mulher relatar que conseguiu fugir de casa, mas que o filho dela havia ficado com o homem. A Polícia Militar negociou a liberação do menino.

O fato ocorreu no Cidade Verde, na Capital. Segundo relato do 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), a mulher contou ter fugido da situação de cárcere privado e que o homem estaria ameaçando matar a criança e cometer suicídio, caso ela acionasse a polícia.

O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi acionado, negociou a liberação do menino e conseguiu libertar a criança.

O caso foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher, na Cidade da Polícia Civil, no bairro do Geisel.

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Política

ELEIÇÕES: Mais de 68% não sabem em quem votar

Foto: Roberto Jayme/Ascom TSE

Apesar de faltarem menos de seis meses para as eleições, a maioria dos brasileiros ainda não sabe em quem vai votar para prefeito.

Em média, 68% estão incertos, segundo os levantamentos espontâneos (quando os nomes dos candidatos são omitidos), realizados pelo Paraná Pesquisas, entre março e abril, em 11 cidades.

A campanha, com propaganda na TV e rádio, começa no dia 16 de agosto e a votação é dia 6 de outubro. As informações são do jornalista Cláudio Humbertocolunista do Diário do Poder.

Em São Paulo, por exemplo, pesquisa espontânea aponta que 70% dos paulistanos estão incertos sobre o voto. São 15,7% na estimulada.

Uma vez apresentados os nomes dos potenciais entrevistados, a taxa de incerteza cai para 16,1%, incluindo brancos, nulos e incertos.

Em Belo Horizonte, 77,1% ainda não sabem em quem votar na pesquisa espontânea de 28 de março.

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Paraíba

Meteorologia emite alertas de chuvas intensas para 156 municípios da Paraíba até esta segunda

Alerta do Inmet vale para 156 municípios paraibanos e se expande por mais 13 estados

A Paraíba está com um alerta amarelo de chuvas intensas que tem validade entre este domingo (28) e esta segunda-feira domingo (29). Emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o alerta é direcionado a 156 municípios paraibanos.

 

A previsão é de chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora ou 50 milímetros por dia, e ventos intensos entre 40 km/h e 60 km/h.

Existe baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

 

Em caso de rajadas de vento, a recomendação é que as pessoas não se abriguem debaixo de árvores, pois há risco leve de queda e descargas elétricas. Pede-se também que não se estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

 

O Inmet pede ainda que se evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada nos momentos de chuva.

 

Além de parte do território paraibano, o alerta se expande ainda por Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará, Amapá, Mato Grosso, Amazonas, Rondônia e Acre.

 

Em caso de dúvidas ou de emergências, a recomendação é telefonar para a Defesa Civil (telefone 199) ou para o Corpo de Bombeiros (telefone 193).

 

O que significam as cores dos alertas?

Amarelo: perigo potencial

Laranja: perigo

Vermelho: grande perigo

Veja lista de cidades no 1º alerta amarelo:

Alagoa Grande

Alagoa Nova

Alagoinha

Alcantil

Algodão de Jandaíra

Alhandra

Araçagi

Arara

Araruna

Areia

Areial

Aroeiras

Assunção

Baía da Traição

Bananeiras

Baraúna

Barra de Santana

Barra de Santa Rosa

Barra de São Miguel

Bayeux

Belém

Belém do Brejo do Cruz

Bernardino Batista

Boa Vista

Bom Sucesso

Boqueirão

Borborema

Brejo do Cruz

Brejo dos Santos

Caaporã

Cabaceiras

Cabedelo

Cacimba de Dentro

Caiçara

Caldas Brandão

Campina Grande

Capim

Caraúbas

Casserengue

Catolé do Rocha

Caturité

Condado

Conde

Cruz do Espírito Santo

Cubati

Cuité

Cuité de Mamanguape

Cuitegi

Curral de Cima

Damião

Dona Inês

Duas Estradas

Esperança

Fagundes

Frei Martinho

Gado Bravo

Guarabira

Gurinhém

Gurjão

Ingá

Itabaiana

Itapororoca

Itatuba

Jacaraú

Jericó

João Pessoa

Joca Claudino

Juarez Távora

Juazeirinho

Junco do Seridó

Juripiranga

Lagoa

Lagoa de Dentro

Lagoa Seca

Lastro

Logradouro

Lucena

Malta

Mamanguape

Marcação

Mari

Massaranduba

Mataraca

Matinhas

Mato Grosso

Mogeiro

Montadas

Mulungu

Natuba

Nova Floresta

Nova Palmeira

Olivedos

Parari

Patos

Paulista

Pedra Lavrada

Pedras de Fogo

Pedro Régis

Picuí

Pilar

Pilões

Pilõezinhos

Pirpirituba

Pitimbu

Pocinhos

Poço Dantas

Poço de José de Moura

Pombal

Puxinanã

Queimadas

Remígio

Riachão

Riachão do Bacamarte

Riachão do Poço

Riacho de Santo Antônio

Riacho dos Cavalos

Rio Tinto

Salgadinho

Salgado de São Félix

Santa Cecília

Santa Cruz

Santa Luzia

Santa Rita

Santo André

São Bento

São Domingos do Cariri

São Francisco

São João do Cariri

São João do Rio do Peixe

São José de Espinharas

São José do Brejo do Cruz

São José do Sabugi

São José dos Ramos

São Mamede

São Miguel de Taipu

São Sebastião de Lagoa de Roça

São Vicente do Seridó

Sapé

Serra da Raiz

Serra Redonda

Serraria

Sertãozinho

Sobrado

Solânea

Soledade

Sossêgo

Sousa

Tacima

Taperoá

Tenório

Triunfo

Uiraúna

Umbuzeiro

Várzea

Vieirópolis

Vista Serrana

 

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Polícia

VÍDEO: Perseguição entre PRF e motorista é registrada na BR-230 na Grande João Pessoa

 

Um fato ocorrido neste sábado (27), em um trecho da BR-230 na Grande João Pessoa, chamou atenção de quem precisou trafegar pela rodovia.

Uma perseguição foi registrada entre policiais rodoviários federais e um motorista de um caminhão.

De acordo com a PRF, após uma colisão entre uma carreta e um poste, as equipes do órgão suspeitaram que o condutor estivesse sob efeito de substâncias.

Então foi iniciada uma intensa perseguição a partir do km 88, no município de Santa Rita.

“Uma perseguição intensa, que se estendeu por 10 km, o motorista colocou em perigo não só a si mesmo, mas também as equipes policiais e os demais veículos na estrada”, informou a PRF em uma rede social.

Após a abordagem ao motorista, foram encontrados comprimidos semelhantes a anfetaminas na cabine do caminhão, que foram apreendidos e entregues à polícia judiciária.

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Blog do BG PB com Clickpb

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Brasil

Arthur Lira defende proposta para limitar ações no Supremo

Arthur Lira – (Foto: Agência Câmara)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer “subir o sarrafo” de quem pode propor ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal, inclusive contra decisões do parlamento. “Temos parlamentares que têm coragem de enfrentar esse tema”, assegurou.

As falas de Lira são de discurso feito, na manhã deste sábado (27), na abertura da 89ª ExpoZebu em Uberaba (MG), organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A mudança nas ADI exigiria aprovação de emenda constitucional, com aprovação de três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49), em dois turnos em cada casa parlamentar.

As ações diretas de inconstitucionalidade estão previstas na Constituição Federal (artigos 102 e 103). Conforme a norma, podem pedir ADI o presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos Deputados; mesas de assembleias legislativas ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; governadores de estado ou do Distrito Federal; o procurador-geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partidos políticos com representação no Congresso Nacional; e confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.

“O que é que adianta um projeto com 400 votos no plenário da Câmara e um parlamentar entra com a ADI e um ministro [do STF] dá uma liminar?”, indagou o presidente da Câmara se referindo à suspensão de decisões tomadas no Congresso. Segundo ele, o STF recebe essas demandas “todos os dias de todos os setores” e as “discussões [jurídicas] nunca findam.”

O presidente da Câmara prometeu até o final do seu mandato, em janeiro de 2025, discutir nova legislação sobre desmatamento ilegal e exploração de minério ilegal no país. “Nós sabemos que existe e fechamos os olhos para não tratar de uma legislação. E quem paga a conta lá fora é o produtor rural indevidamente.”

Agência Brasil

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Brasil

“Desnecessária, para não dizer injusta”, afirma Pacheco após crítica de Haddad ao Congresso

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu críticas feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos posicionamentos do Parlamento em relação à política fiscal. “Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”, escreveu Pacheco em resposta a Haddad, por meio de nota divulgada na tarde deste sábado (27).

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Política

Governo tem que aprender a lidar com a extrema direita, diz Haddad em autocrítica

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que o governo do presidente Lula (PT) ainda patina na comunicação digital e no combate às fake news.

Nesta entrevista concedida em seu gabinete no Ministério da Fazenda, em Brasília, ele afirma que o governo quer uma “saída democrática” para o problema da disseminação de discursos de ódio em redes sociais, ao contrário de países que adotam saídas autoritárias, “proíbe e acabou”.

Ao fazer um balanço do primeiro ano do terceiro mandato de Lula, ele diz ainda que o uso que opositores fazem da religião na política e o enfraquecimento do Estado laico é um elemento novo e desafiador para o petista e seus apoiadores.

Diz, no entanto, que “Lula é um produto da modernidade”, e jamais vai colocar a sua fé em cima de um palanque.

Afirma ainda que vê o petista “mais na vibração de governos anteriores do que estava no começo” da atual administração.

Mônica Bergamo – Folha de S. Paulo

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Brasil

Ministros de Lula já fizeram 226 viagens internacionais

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Os ministros do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizeram 226 viagens para fora do país durante o primeiro um ano e quatro meses de gestão. Os destinos mais frequentes foram Buenos Aires, na Argentina, e Nova York, nos Estados Unidos.

Os dados foram levantados pela Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas, e analisados pelo Metrópoles. São contempladas viagens feitas entre 1º de janeiro de 2023 e 12 de abril de 2024.

Segundo o levantamento, os membros do primeiro escalão do governo viajaram ao menos 13 vezes a Buenos Aires e a Nova York. O terceiro destino mais visitado foi Lisboa, capital portuguesa, com nove viagens. Em seguida, aparecem Washington, nos EUA (7), e Paris, na França (6).

Metrópoles

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