As distribuidoras de combustíveis que atuam na Paraíba abaixaram os preços, mas o patamar é inferior ao estimado pela Petrobras para a gasolina e o diesel, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo na Paraíba (Sindipetro-PB). Alguns postos reduziram os valores ao consumidor em poucos centavos.
Desde ontem, a Petrobras diminuiu em R$ 0,40 (12,6%) o preço do litro da gasolina às distribuidoras. A estimativa é que o efeito ao consumidor final nos postos de combustíveis seja de R$ 0,29. Quanto ao diesel, os recuos são de R$ 0,44 (12,8%) e R$ 0,39, respectivamente.
O presidente do Sindipetro-PB, Omar Hammad Filho, afirma que as distribuidoras não repassaram aos postos
revendedores os decréscimos de valores conforme o determinado pela Petrobras. “Recebi várias queixas de empresários do setor, que compraram os combustíveis com preços diferentes”, comenta.
A ação das distribuidoras pode ser uma conduta recorrente. Um estudo da Comissão Conjunta de Análise
e Fiscalização do Mercado de Combustível da Paraíba, composta por todos os Procons do estado, constatou práticas de ilícitos administrativos, com infrações consumeristas e contra a ordem econômica, e possíveis ilícitos penais pelas distribuidoras.
O relatório realizado de março de 2022 a março de 2023 aponta que quando deveria ocorrer redução, houve um atraso no repasse de combustíveis aos postos revendedores. Conforme o estudo, há 13 distribuidoras que abastecem o mercado da Paraíba e 825 postos revendedores instalados no estado. A expectativa é que a redução dos preços ocorra nos próximos dias.
Enquanto isso, alguns estabelecimentos repassam parte da diminuição dos valores. Em João Pessoa, um posto da bandeira Assaí reduziu o litro da gasolina para R$ 4,97, ontem. Até terçafeira, o valor era praticado apenas para quem abastecia acima de 30 litros. Já eu Bayeux, um posto da bandeira Pichilau reduziu sua oferta de R$ 5,15 para R$ 5,04.
Os consumidores reclamam do atraso no repasse. O advogado Bruno Flores acha que o impacto ao consumidor será pouco. Segundo ele, as variáveis da cadeia do combustível absorvem a diminuição de preços. Ele gasta em torno de R$ 700 ao mês com gasolina e avalia que uma diminuição média de R$ 70 seria muito bem-vinda. Já o vigilante Mateus Henrique tem um gasto médio de R$ 500 ao mês com o combustível e está na expectativa pelo recuo real.
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