A Promotoria da Espanha retirou, nesta sexta-feira (28), todas as acusações de corrupção e fraude contra Neymar e os demais réus no julgamento realizado em Barcelona por supostas irregularidades em torno da transferência do jogador para o Barcelona em 2013.
O procurador anunciou a “retirada das acusações contra todos os réus e por todos os fatos” pelos quais foram processados.
A Promotoria havia pedido inicialmente dois anos de prisão e uma multa de 10 milhões de euros contra o craque brasileiro.
Os pais de Neymar, os ex-presidentes do Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho também foram processados, assim como três pessoas jurídicas: FC Barcelona, Santos FC e a empresa fundada pelos pais do jogador para administrar sua carreira.
Todos eram acusados pelo fundo de investimentos DIS, que possuía parte dos direitos econômicos de Neymar quando ele era uma jovem promessa, pela suposta ocultação do valor real de sua transferência para o Barça em 2013.
O FC Barcelona anunciou em um primeiro momento que a contratação de Neymar custou 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família e 17,1 milhões para o Santos), mas a Justiça espanhola calculou que a operação custou ao menos 83 milhões de euros.
Para o DIS, que pertencia ao grupo brasileiro de supermercados Sonda, o Barça, Neymar e mais tarde o Santos se aliaram para ocultar o valor real da operação por meio de outros contratos dos quais ficou de fora.
A empresa, que adquiriu 40% dos direitos econômicos do jogador em 2009, recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 pagos oficialmente ao clube brasileiro.
Por considerar-se duplamente prejudicado, tanto por não ter recebido sua parte da transferência real quanto pelo contrato de exclusividade assinado por Neymar e o Barça —que impediu outros clubes de disputar a contratação do atacante—, o fundo DIS pediu a restituição dos 35 milhões de euros que calcula ter perdido.
Como acusação particular, o grupo pediu ainda cinco anos de prisão para o jogador, Rosell e Bartomeu, além de multas milionárias.
Os advogados do brasileiro negam qualquer irregularidade e afirmam que a Espanha não tem competência legal para o caso.
Com informações de UOL
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