Mesmo inelegível, o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), segue em ritmo de campanha como candidato ao Senado pela Paraíba e já acumula uma dívida de R$1.422.396,18.
As informações são do TSE através do Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais.
De acordo com os dados, até a madrugada desta quinta-feira (15), Ricardo só dispunha do total de R$241.850,00 (duzentos e quarenta e um mil e oitocentos e cinquenta reais) para realizar a sua campanha, desse total R$231.850,00 (duzentos e trinta e um mil, oitocentos e cinquenta reais) eram de recursos financeiros; R$10.000,00 (dez mil reais), de recursos estimáveis; R$174.350,00 (cento e setenta e quatro mil, trezentos e cinquenta reais) oriundos de doação de pessoas físicas; e R$67.500,00 (sessenta e sete mil e quinhentos reais), vindos de recursos próprios.
Ainda de acordo com a Justiça Eleitoral, do total de despesas contratadas, Ricardo só pagou, até o momento, R$187.766,18 (cento e oitenta e sete mil, setecentos e sessenta e seis reais e dezoito centavos).
Coutinho, como se sabe, teve os recursos bloqueados pelo TRE-PB, após ser impugnado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), dada a sua condição de inelegibilidade, confirmada, inclusive, pela ministra Rosa Weber, do STF.
Situação esta que obrigou o presidente estadual do PT na Paraíba, Jackson Macedo, a admitir a possibilidade de alocar recursos para o 1º suplente do ex-governador, Jeová Campos, que é filiado ao PT e que pode receber os recursos da campanha.
Na sexta-feira (09), a candidatura de Ricardo foi impugnada por unanimidade pelo TRE-PB e, portanto, o Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais disponibilizou ao eleitorado, de modo oficial, o indeferimento da candidatura do ex-governador ao Senado Federal nas Eleições 2022.
Por fim, o ex-gestor estadual sofreu mais uma derrota na Justiça Eleitoral, na tarde da quarta-feira (14/09), quando o TRE-PB rejeitou, por unanimidade, o recurso apresentado pela defesa de Coutinho contra o indeferimento de sua candidatura ao Senado.
Ricardo está inelegível em virtude da decisão do TRE estadual que o condenou por abuso de poder político nas eleições de 2014, quando concorreu à reeleição. A decisão foi mantida, também de forma unanime, pelo TSE, em 2020 quando Coutinho tentou concorrer a prefeitura de João Pessoa.
Portal da Capital
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