
O corretor de imóveis Gustavo Teixeira Correia, acusado de matar o taxista Paulo Damião, foi condenado a 16 anos de prisão. A juíza Aylza Fabiana, que conduziu o julgamento popular, chegou a lamentar que a defesa de Gustavo tenha classificado a Justiça como parcial, atitude que ela julgou deselegante.
Durante o júri popular, Gustavo Teixeira Correia chegou a mencionar que atirou porque pensou que a vítima fosse pegar uma arma ao se movimentar dentro do carro.
“Ele estava irritado. Foi dito aqui que Paulo Damião é calmo. Eu também sou calmo. Eu fui até ele para dizer que morava ali perto e queria passar. Ele me chamou de safado. Eu disse que safado era ele: ‘Safado é você’. Ele botou a mão dentro dos bancos. Ele fez um ‘caquiado’. Com a mão esquerda ele subiu o vidro. A ameaça partiu de Paulo Damião. O primeiro a fazer um caquiado foi ele”, disse Gustavo Teixeira no depoimento.
Mais uma vez Gustavo alegou legítima defesa. “Qual seria o motivo que eu teria de matar um homem que eu nunca tinha visto na minha vida? Eu só disparei depois que o vidro fechou. Minha intenção era neutralizar o braço dele”. Ao todo, foram seis tiros disparados contra o taxista.
A advogada de defesa, Érika Bruns, afirmou que deve recorrer da decisão e ressaltou que uma hora e meia é pouco tempo para trazer a verdade dos fatos.
Já o advogado de acusação, Getúlio Souza, disse que esperava uma sentença maior. Será analisada a possibilidade de recurso para o aumento da pena, mas o que fica é uma sensação de justiça, mesmo analisando que a sentença foi baixa.
O crime aconteceu em frente a um supermercado no bairro do Bessa, Zona Norte da capital. Segundo a PM, Gustavo estava bêbado e sendo levado para casa por um motorista de transporte por aplicativo. Ao chegar perto do destino, se irritou com Damião, que estaria demorando para manobrar um veículo.
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