A nova terapia de anticorpos da AstraZeneca (AZD7442) reduziu o risco de pessoas desenvolverem sintomas de Covid-19 em 77% em um teste de estágio final. Este novo medicamento seria uma opção para oferecer proteção àqueles que respondem mal às vacinas.
A empresa disse na última nesta sexta-feira, 20, que 75% dos participantes do teste para a terapia — dois tipos de anticorpos descobertos pelo Vanderbilt University Medical Center — tinham doenças crônicas, incluindo algumas com menor resposta imunológica às vacinas.
— Com esses resultados tremendos, o AZD7442 pode ser uma ferramenta importante no nosso arsenal para ajudar as pessoas que possam precisar de mais do que uma vacina para recuperar uma vida normal — afirmou Myron Levin, professor da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, responsável pelos testes.
Terapias semelhantes feitas com uma classe de drogas chamadas anticorpos monoclonais que imitam proteínas do sistema imunológico que ocorrem naturalmente estão sendo desenvolvidas pela Regeneron, Eli Lilly e GlaxoSmithKline.
Mas a AstraZeneca é a primeira a publicar dados positivos de prevenção à Covid-19 de um ensaio de anticorpos.
Estes anticorpos não haviam se mostrado eficazes em pessoas já expostas ao vírus. No entanto, ao administrar o coquetel em um paciente antes do contato com o vírus, os resultados apareceram, afirmou a AstraZeneca.
O estudo foi realizado na Espanha, na França, na Bélgica, no Reino Unido e nos Estados Unidos, e dele participaram 5.197 pessoas. O tratamento foi administrado por via intramuscular.
“Precisamos de outras abordagens para pessoas que não estão bem protegidas pelas vacinas anticovid-19 acrescentou”, Mene Pangalos, vice-presidente executivo de P&D de produtos biofarmacêuticos da AstraZeneca, que prometeu divulgar dados adicionais sobre os testes até o final do ano.
Descobertas preliminares in vitro de pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Columbia demonstram que o AZD7442 neutraliza as variantes virais do SARS-CoV-2 emergentes recentes, incluindo a variante Delta.
O Globo, com agências internacionais
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