A aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) na última quinta-feira (15), que turbina os recursos do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões em 2022, colocou de lados opostos o presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM). A troca de farpas fez o número dois da Câmara deixar a base de apoio a Bolsonaro e adotar uma postura de oposição, como fica claro em sua última declaração nas redes sociais.
Ao R7 Planalto, Ramos confirmou que suas últimas declarações não são apenas uma postura crítica: ele disse que está se declarando oficialmente oposição ao governo Bolsonaro. “Temos um presidente que não se dá respeito. Não respeita grandeza do cargo. O Brasil precisa de uma mensagem de esperança, de combate à roubo em vacina, de retomada da economia e do emprego, de ajuda para os que têm fome. Mas ele prefere o ódio e a baixaria. É uma vergonha”, disse Ramos em sua conta do Twitter.
Antes de terminar a sessão da votação da LDO, Ramos já se mostrava contrariado com o que julgou ser uma tentativa de deputados bolsonaristas de colocarem nele a culpa pela aprovação do aumento do fundo: “Quero dizer ao deputado Eduardo Bolsonaro que ele deve ter coragem de assumir seus votos, as suas atitudes e as suas posturas, porque tenho que assumir as minhas. Não exponho os colegas, não tergiverso sobre minhas posições mesmo quando são impopulares”, disse no comando do plenário.
Blog do BG com R7
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