Em entrevista à imprensa, o delegado Rafael Vasconcelos deu mais detalhes sobre a operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira, dia 21 de março, a Operação Apáte, que apura possível cometimento dos crimes de Falsificação de Documento Particular e Uso de Documento Falso, em um esquema de falsificação de laudos psicológicos em uma empresa de vigilância, nas cidades de Patos e João Pessoa.
“Nós identificamos dezenas de laudos psicológicos falsos e cumprimos hoje, quatro mandados de busca e apreensão nas sedes dessa empresa e também nas residências de seus sócios, tanto na cidade de Patos, quanto na cidade de João Pessoa”, disse o delegado Rafael.
Em Patos, os mandados foram cumpridos na sede da empresa, localizada no bairro Brasília, e em uma residência no Centro da cidade. Já em João Pessoa, os mandados foram cumpridos no Centro e também no bairro Portal do Sol.
Rafael disse que os próprios psicólogos confirmaram que os laudos eram falsos e a PF irá averiguar agora a responsabilidade dos envolvidos e da empresa, e a depender da gravidade dos fatos, será aberto um procedimento administrativo para descredenciar essa empresa dos cursos de vigilantes junto à Polícia Federal.
Com relação aos alunos que tiveram os exames psicotécnicos fraudados, o delegado informou que também será aberto um procedimento administrativo contra eles, exigindo que os mesmos façam o exame, ou então que sejam cassados os seus registros de vigilantes.
“Os alunos, hoje vigilantes que fizeram o curso e não se submeteram aos exames psicotécnicos, que era o devido, também será aberto um procedimento administrativo contra eles, exigindo que eles, ou façam o exame psicotécnico, ou que então que sejam cassados os seus registros de vigilantes”, disse o delegado.
“Nós vamos analisar agora os bens apreendidos, vamos verificar a responsabilidade de todos os envolvidos nessa empresa e também vamos ver a extensão desse dano, saber quantos laudos foram de fato falsificados, sabemos que foram muitos nos anos de 2022 e 2023, várias turmas, vários vigilantes, foram homologados utilizando exames falsos, nós vamos ver esse total e averiguar essas responsabilidades”, complementou.
Rafael informou ainda que a investigação teve início após o processo interno de auditoria da PF, que constatou divergências nos laudos enviados pela empresa.
“Nós consultamos os psicólogos e começou a surgir divergências, alguns nomes não estavam no banco de dados das clínicas e a partir daí começou a investigação”, disse o delegado Rafael.
BG com informações de Patos Online
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