A piora na situação econômica da Argentina e a proximidade das eleições presidenciais fizeram com que o presidente Alberto Fernández viajasse às pressas para o Brasil. Inicialmente, o encontro entre o argentino e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria realizado só em junho, mas a reunião desta 3ª feira (2.mai.2023) foi marcada a pedido dos argentinos.
A viagem de Fernández para o Brasil em 26 de junho ainda está, a princípio, confirmada. O encontro será parte da celebração do bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e Argentina.
Fernández enfrenta uma deterioração no cenário econômico. A inflação anual, em março, chegou a 104,3% –a maior em 31 anos. Além disso, o país tem poucas reservas de dólar, o que tem dificultado a importação de produtos, sobretudo alimentos.
Há uma desconfiança dos mercados internacionais sobre a capacidade do governo de honrar pagamentos. Por isso, Fernández pediu auxílio ao presidente brasileiro. Lula disse que não ia financiar. Mas se comprometeu a ajudar a buscar uma solução.
A Argentina terá eleições presidenciais em outubro. A coalizão de Fernández, Frente de Todos, é a mesma da ex-presidente e atual vice Cristina Kirchner. O grupo não lidera as pesquisas para a sucessão presidencial. Os 2 já disseram que não serão candidatos.
MERCOSUL DE DIREITA Uma das preocupações do governo brasileiro é o cenário regional que poderá enfrentar se o grupo de Fernández perder as eleições. Será 1ª vez em um governo Lula que o bloco terá mais governos de direita que de esquerda. Hoje, os governos do Paraguai e do Uruguai são de direita.
Nas eleições presidenciais do Paraguai, no último fim de semana, o candidato governista, Santiago Peña, venceu a sucessão.
Poder360
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