
A Polícia Federal investiga repasses milionários feitos pela Global Gestão em Saúde, cujo presidente é Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, a um suposto operador de propinas ligado ao senador Renan Calheiros(MDB-AL).
A apuração é um desdobramento do inquérito aberto em 2017 no STF (Supremo Tribunal Federal) que mira supostas propinas destinadas a Calheiros por contratos fraudulentos envolvendo o fundo de pensão dos Correios, o Postalis. O senador nega ter cometido qualquer irregularidade.
O caso envolvendo Maximiano foi incluído neste inquérito com base na delação premiada do advogado Alexandre Romano, que relatou ao MPF (Ministério Público Federal), em 2015, o que teria sido um pagamento de propina por um contrato de seguro de medicamentos firmado pela Global e os Correios.
O esquema levou ao pagamento de propinas de 2011 a 2015, pagas a Romano por meio de contratos fictícios firmados entre seu escritório de advocacia e outras duas empresas com a Global Gestão em Saúde. Os repasses começaram em R$ 50.000 mensais e chegaram a R$ 200 mil por mês, segundo o delator. Francisco Maximiano, dono da Precisa, aparece na Receita Federal como presidente da Global.
A delação não cita ou envolve diretamente Renan Calheiros. A relação entre os casos passou a ser investigada após a PF identificar que de 2011 a 2015, mesmo período do suposto esquema delatado por Romano, a Global transferiu R$ 9 milhões a duas empresas ligadas a Milton Lyra, apontado como suposto operador financeiro de Calheiros.
Poder 360
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